Seja otimista!

Como ser feliz mantendo o olhar frio e o sorriso escondido? Como ser feliz, e se revoltar e se queixar? É como sair às compras sem dinheiro ou ir pescar sem anzol. Reconheça ser preciso jogar para longe o que for tristeza, desamor, e o espírito de levar vantagem, e colocar no lugar deles o prazer de viver em paz. Para se ter a felicidade é importante deseja-la por inteiro, robusta e quente, sob forte esperança no amanhã, porque, se deseja-la fraca, ela por si mesma se inutiliza desde o principio. A mente não é feita somente para atrair dinheiro ou bens materiais. A mente também faz isso. Mas sua maior finalidade é a criação dos valores morais e da paz, de tal modo que chegam a se refletir na face e atrai simpatias e benefícios. Se você tem hábitos enraizados, se você tem comportamentos de longa data, pensamentos que se repetem e se sente insatisfeito(a)...disponha-se a mudar. Não fique repetindo o passado, parado no tempo, inerte. Faça alguma coisa, construa um mundo novo, limpo e arejado. Você tem capacidade para isso. Acredite em um futuro brilhante. Você pode ser feliz tanto quanto, ou o quanto mais quiser ser feliz. Faça um autoexame do que você é, do que você pensa, em como vem se tratando e em como trata as pessoas e o planeta. Medite sobre a sua realidade, sobre o que tem feito com seu tempo e de como tem se relacionado si mesmo(a) e com os outros. E a partir disto, vislumbre e desenhe um novo futuro. Se você der o máximo de si na edificação de um futuro melhor, com esperança, fé em si mesmo e fé em um Poder Superior já terá começado a mudar seu quadro atual e a começar a se sobrepor como criatura bem sucedida. Confia em seu deus interior. Jesus disse: “Vós sois deuses, e como deuses podem fazer o que eu faço e muito mais se tiverem, fé!” A melhor confiança, a melhor defesa é a fé em seu deus interior. Aceite as quedas e perdas da vida. Cair e perder faz parte de nossa caminhada. Mas quando cair ou perder levante-se e caminhe ainda que sentindo dores. Não existem méritos em ficar deitado para evitar-se cair. Mas levantar-se todas as vezes que se cai. Somente assim aprenderemos algo. Acredite também em seu pais. Grandes homens e mulheres sempre acreditaram em suas nações. Diante disto quando partiram para a pátria espiritual, deixaram com seus feitos e ideias o planeta um pouco melhor. Não se aceite atolado em falhas ou em “pecados". Deus que é fonte de tudo e de todos não enxerga nossos erros, mas a força que fazemos para conserta-los. Diante disto, acredite em Deus. Muitas doutrinas religiosas afirmam que o Pai Celestial, é o Deus do impossível. Diante disto quando cair ou desiludir-se com as pessoas, segure nas mãos Dele. Pois se Deus realiza coisas impossíveis, com certeza ele é capaz de fazer o impossível acontecer em sua vida. Acenda o fogo do otimismo. Explore o seu poder de luta e terá um grande futuro. Lembre-se: O fogo de um palito ou um incêndio em uma floresta começa sempre com uma pequena faísca.

Manoel João

domingo, 8 de dezembro de 2013

UM TOQUE DE ANJO



Era uma vez um anjo que amava o mundo.


Todos os dias, ele se debruçava lá na sua nuvem e ficava olhando as pessoas laá embaixo andando de um lado pro outro, apressadas, escrevendo seus destinos. A maioria dos anjos achavam as pessoas complicadas demais, afobadas demais, estranhas demais e não entendia o interesse do anjo por aquelas criaturas que pareciam estar sempre em movimento, atrasadas, mas quase sempre sem chegar realmente a lugar algum. Aquele anjo, porém via as coisas de outra maneira. Ele se encantava pelos sentimentos que os homens tinham dentro de si, ainda que não entendesse como eles podiam trancar e esconder coisas muitas vezes tão bonitas e viver presos a uma corrente sem fim de horários, obrigações e medos. 


O anjo tanto se apaixonou pelo mundo e pelas pessoas que acabou por procurar Deus e lhe fazer um pedido: Queria vir a terra, provar o gosto de ser humano, sentir e amar como ele sabia que o homem tinha a capacidade de fazer.

Deus perguntou-lhe se ele tinha mesmo certeza de que queria aquilo e o anjo disse que nada o faria ser mais feliz. Então Deus, na sua infinita paciência, permitiu ao anjo que viesse a terra na forma de um menino e que vivesse entre os homens e fosse um deles pelo período de uma vida, antes de retornar ao céu. O anjo quase não cabia em si de contentamento e mesmo diante do espanto e dos conselhos dos outros anjos que conhecia, contava os dias as horas, os minutos pra chegar seu momento de vir a terra. Finalmente, chegou o dia tão esperado. 


Quando ele se despediu dos outros anjos, seus amigos, ele mal podia conter sua empolgação.  E cada um deles deu ao pequeno anjo um presente para que ele o levasse à terra como forma de protege-lo:

O primeiro anjo colocou na alma do agora anjo menino a capacidade de ser livre como os cavalos selvagens. Assim, ele não ficaria tão preso aos problemas humanos e saberia encontrar as respostas e as perguntas certas dentro de si.

O segundo anjo colocou na alma do pequeno, o dom da águia, de voar para longe e conhecer novos mundos e novas coisas, ver tudo do alto, onde tudo se iguala, sendo tudo pequenino e assim nunca se esquecer de que essa vida era só um momento diante da sua própria eternidade.

O terceiro anjo presenteou o menino com a capacidade de ser como o lobo. Assim, quando o mundo fosse demasiado para ele, por instinto ele se afastaria de tudo e de todos e se reencontraria com seu próprio equilíbrio, o que permitiria que ele não se machucasse excessivamente com as coisas terrenas.

O quarto anjo deu ao pequeno o dom da compreensão da natureza humana e a capacidade de ver por trás das aparências. Assim, o pequeno poderia enxergar realmente o coração das pessoas e lidar com elas dentro das suas possibilidades.

O quinto anjo presenteou o agora garotinho com o dom de entender a arte além do belo e ver aquilo que realmente é a expressão do que transforma o ser humano. Assim, o anjo se sentiria à vontade pra expressar seus sentimentos através dos seus desenhos e para compreender o mundo através dos dons com que alguns homens nasciam e deste modo explicavam suas existências.

O sexto anjo deu ao menino uma certa rebeldia, que não permitiria jamais que ele se tornasse passivo e cinzento diante do milagre da vida, como se tornavam a maioria dos homens com o passar do tempo. Assim, ele sempre teria em si uma inquietude que o levaria a novas descobertas sobre si e que lhe permitiria viver muitas vidas em uma só.

O sétimo anjo, na verdade, foi portador de um presente que lhe era entregue pelo próprio Deus: Um coração de cristal. Com este coração, o menino que um dia seria homem, estaria sempre conectado diretamente ao céu, sob a proteção do Pai quando tudo se mostrasse demasiadamente pesado.

E assim, o garoto que um dia tivera asas, nasceu num mundo de ganancia, dores e maldades, no qual, parecia que só ele era capaz de enxergar um lado bom.

O tempo foi passando e o menino anjo foi crescendo e descobrindo tudo sobre o mundo. Ele aprendeu que a presença de Deus é uma constante ao lado dos homens, mas que a maioria deles nem se dá conta disso na maior parte das vezes. Ele aprendeu sobre a crueldade e incompreensão humana da maneira mais difícil. O menino anjo derramou lágrimas muito amargas algumas vezes, porque não entendia como podia dar ao mundo o melhor de si e por muitas vezes ser desprezado e pisado, como infelizmente aconteceu em sua vida em determinados momentos.


Um dia ele virou homem e descobriu o sabor da angustia, o peso da solidão, a dor do desprezo, a tristeza da falta de amor. Por vezes, ele só sobreviveu graças aos dons que recebera de seus amigos anjos, que conseguiram mante-lo inteiro.

Mas o homem que ele se tornou também experimentou coisas incríveis em sua passagem pela terra: Ele amou e foi amado. Saiu livre, sem rumo e provou da estrada, do por do sol, da liberdade incondicional que a alma humana pode sentir. Sentiu o vento no rosto, atravessou madrugadas na companhia das estrelas e provou emoções fortes e sensações inexplicáveis.

Ele leu muitos livros e aprendeu muitas historias. Conversou com muitas pessoas e aprendeu sobre o amor e a dor. Ele aprendeu a amar as pessoas apesar de tudo. E se as vezes ele parecia duro aos que o olhavam de fora, era somente pra tentar proteger um pouco seu coração tão frágil e cheio de sentimento.

As vezes, ele só se sentia completamente à vontade no meio das crianças, pois ele sabia que elas o podiam reconhecer. Por isso, quando passava por um dos pequenos, fosse na rua, no transito ou no corredor de um shopping, ele somente olhava pra eles, e eles lhe sorriam, como quem diz "Ah, eu lhe reconheci sua alma de anjo, posso ver daqui esse brilho especial que vem de você!" No meio das crianças, ele estava sempre bem.

Um dia, o homem anjo se descobriu amando e sendo amado. Ele sabia agora que nunca mais seria sozinho. Ele aprendeu tudo sobre cumplicidade e carinho, gentileza e dedicação, aprendeu a sorrir, a sonhar e a transformar sonhos em realidade. Nem sempre era fácil. Porque as pessoas muitas vezes são difíceis de entender. Mas era bom, muito bom viver um amor assim. 

Ainda que pareça estranho, esta historia não tem fim. O homem com coração de anjo continua andando por ai, existindo, sentindo e ensinando o mundo a sentir. Aqueles que estão em volta dele não ficam imunes a sua influência. São ainda que levemente, tocados pelos atos do anjo encarnado. Ele muda o mundo um milímetro por dia e assim muda tudo. E está ai pra ensinar aos homens que todos nós, como os anjos, também temos asas pra voar. 

Basta querer. 


Basta sonhar.




terça-feira, 19 de novembro de 2013

O MITO DE QUÍRON E SEUS ARQUÉTIPOS TERAPÊUTICOS



Quíron , na mitologia grega, era um centauro, considerado superior por seus próprios pares. Ao contrário do resto dos centauros que, como os sátiros, eram notórios por serem bebedores contumazes e indisciplinados, delinquentes sem cultura e propensos à violência quando ébrios, Quíron era inteligente, civilizado e bondoso, e célebre por seu conhecimento e habilidade com a medicina.

De acordo com um mito arcaico, foi criado por Cronos (tempo) que, depois de ter assumido a forma de um cavalo para se esconder de sua esposa, Reia, engravidou a ninfa Filira. A linhagem de Quíron também era diferente dos outros centauros, que eram filhos do Sol e das nuvens de chuva. Os gregos do período clássico consideravam-nos frutos da união entre o rei Íxion, atado permanentemente a um disco de fogo no Tártaro, e Nefele (nuvem), que Zeus teria criado à forma e semelhança de Hera.
Abandonado, Quíron foi encontrado por Apolo, que o criou como pai adotivo e lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência. Por isso, Quiron tornou-se um grande curandeiro, astrólogo e um respeitado oráculo, e era tido como o último dos centauros, e altamente reverenciado como professor e tutor.

Sua nobreza também se reflete na história que narra sua morte. Quíron teria sacrificado sua vida, permitindo assim que a humanidade obtivesse o uso do fogo. Isto ocorreu durante a visita de Héracles à caverna de Folo, no monte Pélion, na Tessália, enquanto visitava seu amigo, durante o quarto de seus doze trabalhos, no qual derrotou o Javali de Erimanto. Enquanto estavam fazendo uma refeição, Héracles pediu vinho, para acompanhar a comida. Folo, que comia sua comida crua, estranhou. Ele havia recebido do deus Dioniso uma jarra de um vinho sagrado anteriormente, que deveria ser conservado para o resto dos centauros até que fosse a hora certa de ser aberto. 

Diante do pedido de Héracles, Folo sentiu-se constrangido em oferecer o vinho santo. O herói o agarrou de suas mãos e o abriu, deixando que seus vapores e aromas saíssem da garrafa e intoxicassem os centauros, que estavam reunidos do lado de fora da caverna. Liderados por Nesso, passaram imediatamente a arremessar pedras e galhos. Héracles então, disparou diversas flechas envenenadas contra eles, para afastá-los. Uma delas atingiu Quíron na coxa. 

Quando Folo saiu do fundo da caverna, onde havia se refugiado, para observar a destruição, e, ao puxar uma das flechas do corpo de um dos centauros, perguntou-se como podia uma coisa tão pequena causar tanta morte e destruição. Ao dizer isso, deixou a flecha cair de sua mão sobre o seu casco, o que o matou instantaneamente. A flecha que ferio Quíron, não o matou, pois, sendo filho de um titã, era imortal. Porém provocou-lhe dores terríveis e incessantes. Coube assim a Héracles fazer um acordo com Zeus, trocando a imortalidade de Quíron pela vida de Prometeu, que roubara o fogo dos deuses e o dera aos homens e, por isso, fora condenado a sofrer eternamente, amarrado a um rochedo enquanto um abutre devorava seu fígado, que voltava a crescer no dia seguinte. 

Zeus, que afirmara que só o libertaria se um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades, o reino dos mortos. Quiron concordou em abrir mão de sua vida e imortalidade, pelo bem de Prometeu. Zeus então deu a Quíron a libertação de seu sofrimento, lhe tirando a imortalidade e concedeu que o centauro morresse tranquilamente. Zeus então o homenageou colocando-o no céu como a constelação que chamamos de Sagitário que em latim sagitta, que significa: flecha.

Os Arquétipos de Quíron Na Arte da Cura

A partir do mito, aprendemos que o significado Quíron mostra os arquétipos de professor, curador, músico, buscador, mestre astrólogo e guia de Busca. Ele simboliza a auto realização e a satisfação pessoal através de uma união holística da razão com a paixão, do intelecto com o instinto, do animal com o humano. O glifo de Quíron parece uma chave, que pode ser interpretada como a chave para a busca da transmutação/transformação pessoal. O símbolo sabiano para a posição de Quíron menciona o pote de ouro no fim do arco-íris. A chave para esse significado é a plenitude que flui da conexão com a natureza celestial (ou divina), e sugere que aponta para algum tipo de transubstanciação da matéria. 

Quíron e seu arquétipo, mostra igualmente o caminho para a cura do eu (ego). Com frequência Quíron leva o indivíduo a buscar uma grande cura interior. Geralmente descrito como o curador ferido, Quíron é um princípio arquetípico com o qual muitos astrólogos e terapeutas têm se identificado, e aplicado no trabalho com clientes.

Em termos terapêuticos, metapsíquicos, e astrológicos, Quíron pode ser encarado como um indicador da ferida quirônica ou ferida psíquica, representando problemas (ou danos) psico emocionais não resolvidos, provenientes de traumas na infância ou de experiências subsequentes. Problemas que, muitas vezes conscientemente acessíveis, mas frequentemente reprimidos ou até dissociados, que ainda gritam por remissão e cura. Muitas vezes a ferida psíquica é interpretada como um dom oculto, que age como um estímulo para a descoberta de si mesmo. Mas frequentemente se considera que as energias de Quíron propiciam o conflito do ego e a desilusão com uma onipotência ilusória, daí uma metanoia*, conduzindo para uma percepção transpessoal, transcendental e crescimento psico espiritual, ou auto transformação. 

* Metanoia: Do grego antigo metanoein: metá, além, depois. 
Nous: Pensamento, intelecto. No seu sentido original, significa mudar o próprio pensamento, mudar de ideia.

sábado, 26 de outubro de 2013

GLÂNDULA SUPRA RENAL E AS EMOÇÕES


Texto extraído do livro: Glândulas O Espelho do Eu 
Autoria de Onslow H. Wilson
 Editora Pensamento 


Qualquer pessoa que tenha presenciado o comportamento de animais em seu habitat natural, sem dúvida não pode deixar de se sentir impressionada pela diferença entre a combatividade do leão , por um lado, e a timidez do coelho, por outro. Essas diferenças tão conspícuas no comportamento dos animais estão relacionadas, em grande parte, com as funções das supra-renais, ao manifestarem energias associadas com a auto-afirmação e a auto-expressão.


Estrutura Dual das Supra Renais

























As glândulas supra-renais ( assim chamadas porque estão localizadas acima (supra) dos rins (renal), são constituídas por dois tipos de tecido. O córtex ou porção externa das glândulas provém do mesmo tipo de tecidos embrionários que formam as gônadas. Por outro lado a medula, ou porção interna das supra-renais, provém do mesmo tecido embrionário que forma o Sistema Nervoso Autônomo. Por conseguinte, os hormônios do córtex supra-renal são esteroides, pertencentes a mesma classe de moléculas que compõem as gônadas, enquanto que os hormônios da medula pertencem a uma classe chamada de neurotransmissores.

Tamanho e Comportamento do Cortex Supra Renal

Diversos estudos demonstraram que o tamanho do córtex supra-renal parece variar diretamente de acordo com a combatividade ou auto-afirmação de um animal. Em animais lutadores que atacam, como tigres e leões, o córtex supra-renal e notadamente grande. Por outro lado, animais tímidos e fugidios, como o coelho, destacam-se pelo córtex bastante estreito. Esta relação entre a extensão do córtex com os aspectos de auto afirmação no comportamento animal e mais amplamente demonstrada pelo fato de que os membros selvagens de uma determinada especie animal tem o córtex supra-renal mais amplo que os animais domesticados. É interessante notar que os seres humanos possuem um córtex relativamente maior que o de qualquer outra especie animal. O tamanho relativo do córtex supra renal pode, portanto, estar intimamente associado com as qualidades do ser que reconhecemos como ser humano. De algum modo sutil, o desenvolvimento do cérebro humano esta associado as funções do córtex supra-renal. Este fato é demonstrado pelas seguintes observações: Entre a quarta e sexta semana apos concepção, as glândulas supra-renais do feto são duas vezes maiores que os rins. A maior parte deste volume relativamente grande deve-se ao alargamento do córtex. 

Estrutura e Funções do Córtex Supra-Renal



O córtex supra-renal consiste em três camadas bem definidas. Cada uma dessas camadas produz e segrega seu próprio complemento de hormônios esteroides. A camada externa produz um hormônio que funciona principalmente no controle do metabolismo dos minerais. Em virtude de seus efeitos sobre os íons contidos no sangue, este hormônio também exerce profundas influencias sobre a composição do sangue e, por conseguinte, no equilíbrio da água, volume do sangue e pressão sanguínea. A Camada central do córtex supra-renal produz uma classe de hormônios esteroides que controlam a transformação de proteínas em carboidratos. Como e de se esperar, as ações desses hormônios tem grandes consequências sobre os estoques de glicogênio de fígado e também sobre os níveis de açúcar no sangue. Além disto, os hormônios desta camada central do córtex supra-renal estão estreitamente associados as reações do corpo ao stress, como o que e provocado por exercícios, traumas, queimaduras e infecções. A verdade e que esses hormônios funcionam como agentes anti-inflamatórios e antialérgicos, mobilizando certos tipos de célula produzidos pela glândula timo. A camada mais interna do córtex produz hormônios sexuais, principalmente do tipo andrógeno ou masculino.

Sensibilidade Individual e Atividade do Córtex Supra Renal



Não é nada surpreendente que a hipo atividade do córtex supra-renal cause profundos efeitos em certos aspectos do comportamento. Um dos casos em questão se relaciona com a extrema hipersensibilidade dos pacientes que sofrem do Mal de Addison, uma desordem geralmente caracterizada pela insuficiência funcional da camada mediana ou central do córtex supra renal. Esses pacientes tem uma sensibilidade ao sabor que e cerca de 150 vezes maior que os demais indivíduos. Outras observações foram feitas quanto ao sentido do olfato. Por exemplo, mesmo que o sal tenha pouco ou nenhum cheiro para a maioria das pessoas, ele contém suficiente gás de cloro para ser detectado pelos doentes do Mal de Addison. Observações semelhantes foram feitas com relação ao sentido da audição. Embora os pacientes do Mal Addison sejam extremamente sensíveis a sons, eles revelam uma surpreendente falta de capacidade para discriminar um som firme e modulado, por exemplo, e ate para determinar a fonte de origem dos sons.

A Medula Supra Renal e as Emoções

Ao contrário dos hormônios do córtex supra renal, de cujas influências não nos apercebemos, dificilmente deixamos de tomar conhecimento do impacto dos hormônios da medula supra renal sobre os mecanismos do corpo. As razões para esta diferença de percepções pode ser atribuída ao fato de que a medula supra renal está intimamente associada com as estruturas pelas quais nos apercebemos do "eu" de forma mais aguda. Quando aprendemos que a medula supra renal é uma coleção de células nervosas que pertencem ao ramo simpático do sistema nervoso autônomo, sentimo-nos capazes de apreciar melhor o significado desta diferença. Na verdade, qualquer estímulo simpático, seja ele na forma de medo, raiva, dor, alegria, êxtase ou amor, dispara a liberação de hormônios da medula supra renal, adrenalina e noradrenalina. Não é de surpreender, portanto, que a medula supra renal tenha sido frequentemente chamada de " espelho de nossas emoções ". Além de provocar a liberação de adrenalina e noradrenalina, as tensões emocionais também causam o desvio do suprimento de sangue de estruturas como pele, fígado, baço e trato intestinal. Este sangue é enviado para os músculos e para o cérebro, onde se faz mais necessário. Ao mesmo tempo, a adrenalina estimula a liberação de glicogênio do fígado para as células e faz o coração bater mais rápido e mais forte, permitindo que o sangue, carregado de importantes nutrientes, chegue mais rapidamente as áreas vitais. Simultaneamente, o índice respiratório é aumentado para assegurar a vitalização adequada do sangue, quando passa pelos pulmões. Desta forma, a medula supra renal qualifica-se facilmente como glândula de mobilização da energia. Qual será, então, a relação entre as funções do córtex supra renal e as da medula? Para responder, a esta pergunta, façamos uma revisão sucinta da sequência de acontecimentos que se inicia quando fazemos entrar em ação as funções supra renais, pela presença de emoções fortes.Quando a interpretação de nossas percepções exige ação, seja ela defensiva ou ofensiva, nossas emoções estão comprometidas. Dependendo de nossas experiências passadas, nossas reações emocionais podem se manifestar na forma de raiva, medo, coragem ou êxtase. Tais reações ocorrem nos centros cerebrais superiores que estão em comunicação direta com o sistema nervoso autônomo (SNA). Quando nossas reações emocionais são de medo, raiva, etc., o ramo simpático do SNA é chamado a ação. Em consequência, os impulsos nervosos do simpático chegam até a medula supra renal e disparam o mecanismo de liberação de adrenalina na corrente sanguínea.


Hormônios Adrenais e Reações do Corpo

No sangue, a adrenalina logo alcança o coração que, em resposta, bate mais rápido e mais forte, enviando sangue ao cérebro com maior velocidade. No cérebro, a adrenalina age sobre o hipotálamo que, por sua vez, faz a glândula pituitária anterior liberar um hormônio que age sobre o córtex supra renal. Em resposta as ações do hormônio estimulador do córtex, segregado pela pituitária, o córtex supra renal libera hormônios esteroides de suas camadas medial e interna. Esses hormônios então produzem suas influências características que preparam o corpo para enfrentar as demandas da situação de tensão.

Podemos ver aí o elevado grau de cooperação que existe entre as estruturas duais que compõem as glândulas supra renais. Como um todo, as glândulas supra renais são portanto, as glândulas da tensão e do stress ou, mais especificamente, as glândulas da mobilização. O propósito subjacente a qualquer mobilização supra renal está definido pela ação recíproca entre " a cabeça e o coração " ou " razão e emoção ".

Parece bem claro que a falta das funções supra renais tem consequências drásticas quanto a sobrevivência do corpo. Por causa de sua influência sobre a química do sangue, as funções das glândulas supra renais estão intimamente associadas com a condutibilidade elétrica e com as propriedades eletromagnéticas do corpo. Como existimos num oceano de ondas eletromagnéticas, as glândulas supra renais tem muito a ver com a qualidade de nossa sintonização psíquica com o ambiente que nos rodeia.

Análises químicas qualitativas indicaram que, pelo medo ou pela raiva, e possível exceder ou exaurir a capacidade das supra renais de fornecerem a quantidade de hormônios exigida no caso. Essa exaustão muitas vezes nos isola de muitas influências benéficas inerentes aos aspectos eletromagnéticos de nosso ambiente, e podem causar fadiga, aumento de sensibilidade ao frio, perda de entusiasmo, indecisão, irritabilidade e depressão. Alguns cientistas afirmam, que muitas doenças que assolam nossas sociedades altamente industrializadas se originam da exaustão supra renal. Parece claro, por conseguinte, que, como indivíduos, faríamos bem em ajustar nossas reações emocionais as experiências da vida, de modo a diminuir os riscos de exaustão supra renal. Mas como saber o modo de fazer esses ajustamentos?

As Supra Renais e a Vida Psíquica











Assim como as nossas emoções disparam o mecanismo de liberação de hormônios supra renais que mobilizam ou impulsionam o nosso ser físico a ação, assim também as nossas emoções mobilizam o nosso ser psíquico, ao longo de linhas determinadas por nossos desejos e aspirações. Em consequência, o grau de harmonia que experimentamos em nossa vida diária esta relacionado com aquilo que desejamos e aspiramos. Naturalmente, então, devemos decidir se o que desejamos esta em harmonia com nossos ideais mais elevados. A observação cuidadosa demonstra que as emoções de medo e raiva surgem frequentemente em nossa consciência por causa da incompreensão, ou como resultado de um desacerto entre nossos desejos mais imediatos e os ideais que nutrimos nas profundezas de nosso coração. Esta falta de compreensão pode ser considerada como uma espécie de "indigestão psíquica" resultante da incapacidade de analisarmos ou digerirmos adequadamente algum aspecto de uma experiência anterior. Neste sentido, pode-se dizer que a personalidade tirou pouca "nutrição" ou significado da experiência em questão. Igualmente, gastamos com muita frequência grandes quantidades de energias psíquica e física em assuntos que não visam o nosso "bem maior". O resultado é que muitas vezes ficamos tão desgastados que nos tornamos incapazes de alcançar nossos objetivos mais caros. Esta é uma situação que pode ser tipificada pelo conflito entre "a razão e emoção".   

terça-feira, 24 de setembro de 2013


No aniversário do Dr. Bach e no dia do Terapeuta Floral deixo a carta escrita pelo próprio Dr. Bach aos colegas de profissão.

Caros Colegas,
Seria maravilhoso formar uma pequena Fraternidade sem hierarquia ou escritório, ninguém maior ou menor do que o outro, que se devotasse aos seguintes princípios:

I. - Que nos foi revelado um Sistema de Cura que a memória dos homens desconhecia e, através da simplicidade dos Remédios à base de Flores podemos anunciar com CERTEZA, absoluta CERTEZA, o seu poder de vencer a doença.

II. - Que nunca criticaremos nem condenaremos os pensamentos, as opiniões e as idéias dos outros, sempre lembrando que todos são filhos de Deus, cada um empenhando-se, à sua maneira, para encontrar a Glória de seu Pai.

III. - Que nos levantaremos, como cavaleiros antigos, para destruir o dragão do medo, sabendo que nunca poderemos dizer uma palavra de desencorajamento, mas que podemos trazer ESPERANÇA sim, e principalmente CERTEZA aos que sofrem.

IV. - Que nunca seremos arrebatados pelo aplauso ou pelo sucesso que encontraremos em nossa Missão, pois sabemos que somos apenas os mensageiros do Poder Maior.

V. - Que conforme as pessoas se recuperarem, anunciaremos que as Flores do campo, que as estão curando, são a Dádiva da Natureza, que é a Dádiva de Deus. Assim as traremos de volta à crença no AMOR, na MISERICÓRDIA, na terna COMPAIXÃO e no PODER do SUPREMO SENHOR.
Edward Bach 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

A DOENÇA É O RESULTADO DO CONFLITO ENTRE A ALMA E A MENTE.

Texto extraído do livro A terapia Floral. Escritos Selecionados De Dr Bach - ed Ground


A tendência atual da ciência médica, por interpretar a natureza da doença com uma visão materialista e fixada no corpo físico, acaba desviando a atenção da verdadeira causa da doença. Os métodos materialistas de cura procuram uma estratégia para combater a doença e não para entendê-la e assim podem proporcionar uma recuperação aparente mascarando a verdadeira causa do problema, que se continuar ignorada poderá fortalecer-se. A doença só será erradicada por completo se a pessoa entender a causa de sua dificuldade e empenhar-se através de esforços mentais e espirituais para erradicá-la.

“O sofrimento é um correctivo para se salientar uma lição que de outro modo não haveríamos de aprender, e ele jamais poderá ser dispensado até que a lição seja totalmente assimilada.”

“ Seja qual for o caso, e por mais grave que possa ser, não deve haver desespero, já que o indivíduo ainda desfruta da vida física que lhe foi doada, e isso indica que a Alma que o governa não está sem esperança.”

Personalidade, Alma e Doença

Para se compreender a natureza da doença, certas verdades fundamentais têm de ser reconhecidas. O homem possui uma Alma que é o seu Eu Real (um ser divino Poderoso, Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, templo terreno dessa alma, não passa de um mero reflexo). A Alma habita dentro de nós e dirige nossas vidas para nós, protegendo-nos, animando-nos e  guiando-nos da maneira que Ela deseja para que possamos extrair o máximo de proveito da nossa existência. Nosso Eu Superior é uma centelha divina e sendo assim é invencível e imortal. Somos personalidades vindas aqui para crescer, nos aprimorar em todos os sentidos e assim extinguir o que está defeituoso dentro de nós e dessa forma avançar em direção à perfeição de nossas naturezas. A Alma escolhe o ambiente e as circunstâncias que irá ajudar a evoluir em todos os sentidos. Devemos compreender que apesar de parecer que nossa passagem por essa terra,  que conhecemos por vida, seja longa, na verdade é apenas um instante no curso de nossa evolução, como um dia na escola está para uma vida. Nossas Almas, que são realmente nós mesmos, são imortais e os corpos dos quais temos consciência são transitórios e são usados como instrumentos para que possamos extrair o máximo da experiência e crescer sempre. Quando nossa Alma e personalidade estão em harmonia, tudo é paz, alegria, felicidade e saúde. Mas o conflito aparece quando nossa personalidade é atraída para fora do trajeto traçado pela nossa Alma, devido aos nossos desejos terrenos ou pela persuasão dos outros. Esse conflito é a causa principal da doença e da infelicidade.

O grande postulado que se segue é a compreensão da Unidade de todas as coisas; a compreensão de que o Criador de tudo o que existe é amor, e de que tudo aquilo de que temos consciência é, em seu infinito número de formas, manifestação desse Amor, seja ele um planeta ou um seixo, seja uma estrela ou uma gota de orvalho, um homem ou a forma mais elementar de vida. Compara-se o sol, brilhando em todas as direções. Cada raio pode parecer algo separado e distinto dos outros raios, mas na verdade ele faz parte do grande sol. A separação é impossível, pois tão logo ele seja destacado de sua fonte ele deixa de existir.

“Assim qualquer ação contra nós próprios ou contra uma outra pessoa afeta o conjunto porque, causando imperfeição em numa parte, isso se reflete no todo, do qual toda partícula deve chegar à perfeição”.

Podem assim ocorrer dois erros básicos que nos levam à doença: o conflito entre nossa personalidade e nossa Alma e a crueldade ou a falta para com os outros. A percepção do nosso próprio erro e o esforço para o corrigir, irão trazer-nos mais alegria, paz e saúde. A doença então é benéfica e tem por objetivo conduzir a personalidade para a divina vontade de Sua Alma. A doença é evitável e remediável pois se pudéssemos percebe-la por nós mesmos não haveria necessidade de passar por suas lições de sofrimento. Embora na nossa mente física não consigamos muitas vezes entender o motivo de nosso sofrimento, nossa Alma  conhece-o e  guia-nos para corrigirmos nossos erros e assim nos conduzir à saúde. O trabalho dos que utilizam a cura espiritual e dos médicos é fornecer aos que sofrem, além dos remédios materiais, condições para que eles possam entender a causa de seu sofrimento, seus erros e assim, entrando em harmonia com sua Alma possam ter alegria, felicidade e saúde.

As causas das doenças
A real natureza de uma enfermidade será um guia eficaz para que seja identificado o tipo de ação que está sendo praticada contra a Divina Lei do Amor e da Unidade. As doenças reais e básicas do homem são defeitos como:

ORGULHO – incapacidade de se reconhecer a pequenez da personalidade e sua absoluta dependência da Alma. Podem despertar doenças que dificultam a flexibilidade no corpo como a rigidez e a ancilose.

CRUELDADE – é uma negação à unidade de todas as coisas. Pode despertar doenças que geram dor, que é o resultado da crueldade.

ÓDIO – é uma negação ao Amor do Criador e conduz a pensamentos e ações contrárias a toda obra Divina. Pode despertar perturbações mentais e isolamento.

EGOÍSMO – faz com que coloquemos nossos interesses pessoais acima dos interesses da Unidade. Nos leva à introspecção, neurose e neurastenia, nos separa dos demais, tira a alegria.

IGNORÂNCIA – é o fracasso em aprender e a recusa em ver a Verdade e assim nos conduz a atos errados e às dificuldades na vida cotidiana. Além disso, a dificuldade de ver a Verdade é dada à miopia e outras deficiências visuais.

INSTABILIDADE – é a falta de determinação, quando a personalidade se recusa a seguir sua Alma e não confia que tem dentro de si a invencível divindade para seguir seu rumo. Afetam os movimentos e a coordenação motora.

AMBIÇÃO – conduz ao desejo de poder. É uma negação à liberdade e à individualidade de toda Alma. O desejo de dominar os outros levam essas pessoas a serem escravos do seu próprio corpo, com os desejos e ambições refreados pela enfermidade. Além disso, a parte afetada do corpo pela doença obedece à lei de causa e efeito e pode nos guiar para identificar o erro. Exemplos:

Coração: fonte da vida e amor. E afetado quando o lado amoroso não é desenvolvido de maneira correta.

Mãos: falha ou erro nas ações.

Cérebro: centro de controle do corpo. Se afetado indica falta de controle da personalidade.

Assim como há uma causa fundamental para cada doença, que é o egoísmo, há também um método seguro para minorar o sofrimento. É a conversão do egoísmo em devoção para com os outros. Nosso principal objetivo deve ser abandonar os próprios interesses e servirmos à humanidade. Quando nos deixamos guiar pela nossa Alma percebemos nossa vocação e podemos então trabalhar na nossa missão de fazer o nosso melhor, seja qual for a área de nossa vocação, em prol da Unidade. Na maioria de nós existe um ou vários defeitos que estão particularmente dificultando a busca pela nossa harmonia com a Alma para que possamos nos dedicar, com a nossa missão, à Unidade. Para desenvolvermos o amor universal dentro de nós mesmos, precisamos aprender cada vez mais que todo ser humano, por mais inferior, é um filho do Criador, em fase de crescimento. Cada ser tem uma centelha divina, está num estágio de aprendizado particular e mesmo assim tem o seu papel importante para com a Unidade. Portanto precisamos ter compaixão e simpatia por todos os seres, pois embora possamos nos achar muito acima do nível deles somos também insignificantes se comparados com outros seres iluminados que já atingiram o estágio de perfeição que ainda buscamos. Para encontrar a harmonia com a nossa Alma precisamos despertar nossa consciência e fazer esforços mentais e espirituais para perceber os nossos defeitos.

Se o orgulho se manifestar precisamos perceber que nossas personalidades são incapazes de conduzir qualquer serviço aceitável, ou de resistir aos poderes da escuridão a menos que sejam guiadas pela Luz que vem da Alma.

Se a crueldade ou o ódio dificultam nossa evolução podemos lembrar que o amor é a base da criação e que em cada Alma viva há algum bem e que no melhor de nós existe ainda algum mal. Enxergar o bem nas outras pessoas, mesmo naquelas que nos ofendem, é um exercício de compaixão que vai se tornando natural. Precisamos aprender a não nos deixarmos influenciar pelos outros e a não interferir em suas personalidades e nem a lhes causarmos danos. Assim desenvolvendo o amor e a bondade atraímos para nós mesmos mais amor, bondade e podemos ter nossa caminhada facilitada para desenvolvermos nossa vocação e trabalhar em harmonia com nossa Alma para a Unidade.

A cura do egoísmo ocorre quando dirigimos para os outros o carinho e atenção que devotamos a nós mesmos.

A instabilidade pode ser erradicada por meio da autodeterminação e confiança e assim não haverá mais o medo de se lançar na vida e as experiências vividas conduzirão nossa mente a um maior discernimento.

A ignorância é devida a falta de conhecimento ocasionados pelo medo da experiência. Devemos estar sempre prontos a expandir a mente e a abandonar qualquer idéia preconcebida e convicções anteriores.

A ambição é um obstáculo ao progresso e nos leva a interferir no desenvolvimento da alma. Precisamos compreender que todo ser está aqui para evoluir segundo os desígnios da própria alma e que cada um de nós deve encorajar o irmão a prosperar e evoluir também.

Precisamos aperfeiçoar nossa individualidade para saber identificar o que é desígnio de nossa Alma e o que é a persuasão da personalidade equivocada de outra pessoa. Dessa maneira estaremos firmes para seguirmos nossa vocação e assim em harmonia com a nossa Alma poderemos trabalhar pela Unidade oferecendo o melhor de nós e consequentemente seremos felizes e saudáveis.

Individualidade e Missão
A individualidade enfraquece quando permite que a personalidade sofra interferências que a impeçam de cumprir os mandamentos do Eu Superior. A individualidade precisa ser estimulada desde o início e deve contar com o apoio dos pais. Entretanto o ofício da paternidade deve ser um instrumento privilegiado para capacitar uma Alma a entrar em contato com o mundo para o bem da evolução. A independência, a individualidade e a liberdade devem ser ensinadas desde o início. Os pais precisam estar precavidos contra qualquer desejo de conformar a jovem personalidade às suas próprias vontades. Isso seria uma terrível forma de ambição. Os pais devem dar suporte, assistência, proteção, amor e carinho para que a criança tenha suas potencialidades desenvolvidas conforme os mandamentos de sua própria Alma. Cada Alma encarnada tem seu próprio propósito neste mundo, precisa adquirir experiência e compreensão sobre si mesma para desenvolver sua individualidade e fazer a sua parte para a Unidade. Devemos lembrar que nossa Alma reservou para nós uma tarefa em particular e se essa tarefa não for cumprida haverá conflito entre a Alma e a personalidade, consequentemente haverá uma forma ou outra de distúrbios físicos. Muitas vezes a missão de uma Alma é devotar sua vida a uma outra Alma, mas nunca deverá haver a ambição de querer dominar ninguém. Quando isso ocorre sempre haverá batalha contra a dominação e isso quase sempre acontece no próprio lar antes de obter a liberdade para conquistar outras vitórias. A Alma precisa se libertar do jugo e do controle do suposto opressor, mas também precisa entender que deve considerá-lo sem amargura, pois ele a ajuda fazendo a sua parte e assim nos encorajamos a buscar a liberdade e a vitória desejadas. O suposto opressor precisa voltar a entrar em contato com sua Alma e perceber qual seu verdadeiro papel para com o outro e assim resgatar o amor para poder realizar sua tarefa com eficiência e também evoluir. Dominadores ou dominados, com amor, respeito e compreensão de suas missões podem aprender com seus relacionamentos e com as situações que os envolvem de maneira que evoluam sempre. Assim a aprendizagem através das dificuldades da vida ou do sofrimento da doença no corpo físico não será tão necessária.

Formas de cura


















Mesmo depois de tantos ensinamentos milenares maravilhosos que a cultura mundial nos deixou, a medicina atual continua a desenvolver métodos materialistas com o foco somente para o corpo físico. A doença não é compreendida como um alerta da Alma para que a personalidade aceite os seus desígnios maiores. Apesar da boa intenção por parte de grande parte dos integrantes da ciência médica ainda lhes falta a sabedoria de entender a Alma. Apesar disso uma arte de curar mais nova está se destacando a cada dia com atenção voltada para a melhoria da qualidade de vida e à prevenção das doenças. Isso vem estimulando o auto conhecimento e consequentemente para que a personalidade entre em harmonia com sua Alma.

Quando cada pessoa evolui em qualquer aspecto, está também fazendo um bem para a Unidade, para a humanidade. Então para evitar o aumento da doença precisamos deixar de cometer ações que ampliem seu poder e entrarmos em contato com a nossa Alma para corrigir nossos defeitos e assim não precisarmos do sofrimento da doença para aprender a lição. O processo de cura poderá precisar, além da participação da própria pessoa, do auxílio de um curador ou facilitador para observar onde reside o erro da personalidade. Os médicos também poderão compreender o que é a Alma e a doença, e a partir de então ajudar seu paciente a corrigir seus defeitos, além de utilizar também os remédios que existem na natureza para fortalecer o corpo físico e ajudar a mente a ter serenidade e compreensão sobre sua luta em busca da perfeição que a própria Alma deseja. Esse é o médico do futuro, ciente da Alma, do significado da doença e com o conhecimento dos recursos que a natureza tem para oferecer e que os usa com sabedoria para cumprir sua missão de ajudar as pessoas a harmonizarem suas personalidades e curarem seus corpos.

Como entender a causa da doença
Chegamos agora às questões mais importantes de todas as relatadas até agora: 
como podemos ajudar a nós mesmos? 
Como podemos manter a nossa mente e nosso corpo num estado de harmonia para que não seja necessário que a doença se manifeste?

É preciso criarmos oportunidades e momentos para refletir e pensar em nossa verdadeira missão com calma e tranqüilidade. Nessas ocasiões, depois de algum tempo, perceberemos que temos muita ajuda e que lampejos de conhecimento e de orientação nos são revelados. Descobrimos que problemas difíceis são claramente respondidos e nos tornamos capazes de seguir o caminho certo. Nesses momentos precisamos ter em nosso coração o sincero desejo de servir a humanidade e de trabalhar conforme o desejo da nossa Alma.Quando percebemos o defeito em nós mesmos, o remédio não consiste em lutar contra ele, nem de usar de força de vontade para suprimi-lo. Consiste mesmo no firme desenvolvimento da virtude oposta, desse modo eliminando assim automaticamente da nossa natureza qualquer vestígio de transgressão. Combater um defeito aumenta o poder do mesmo, mantém a nossa atenção fixa na sua presença e nos leva a uma verdadeira batalha. Dessa maneira estaremos dando força ao nosso defeito, e se conseguirmos vencer suprimindo-o ele continua conosco e poderá num momento de fraqueza nossa, ressurgir com forças redobradas. Mas, se ao contrário disso voltarmos nossa atenção e nos esforçarmos para desenvolver a virtude oposta conquistaremos a verdadeira vitória e o erro, defeito ou falha será erradicado e não simplesmente suprimido.

Conclusão















A  vitória sobre a doença depende da  compreensão de  que há uma divindade dentro de nós que  nos dá poder para superar qualquer coisa que esteja errada em nossa natureza; do entendimento de que a causa básica  da doença se deve ao conflito entre a Alma e a personalidade; da nossa boa vontade  e  habilidade para perceber o que está causando o conflito;  e  por fim, da erradicação do defeito por meio do desenvolvimento  da  virtude  oposta  ao  mesmoA arte de curar consiste em ajudar-nos a obter conhecimento e os meios para superar nossos males além de utilizar os remédios da natureza que vão fortalecer o corpo físico e mental para termos maiores possibilidades de sucesso. A escola médica do futuro não dará muita importância para as lesões físicas e tampouco a drogas e produtos químicos como paliativos, mas concentrará seus esforços para identificar a verdadeira causa da doença e assim obter a cura através da harmonia entre corpo, mente e Alma. Devemos praticar a paz e a harmonia, a individualidade e a firmeza de propósito, e desenvolver progressivamente a conscientização de que somos de origem divina, filhos do criador e temos dentro de nós o poder para alcançar a perfeição. Devemos praticar firmemente a paz, imaginando nossa mente como um lago sempre calmo, sem agitações e desenvolver esse estado de paz até que nenhum acontecimento da vida, nenhuma situação, nenhuma outra personalidade seja capaz, sob qualquer condição, de encrespar a superfície do lago ou de despertar em nós sentimentos de irritabilidade, depressão ou dúvida. Assim perceberemos que não é através da preocupação ou ansiedade que poderemos realizar mais, mas sim, que nos tornamos mais eficientes em tudo através de pensamentos e ações calmos e serenos. Devemos desenvolver a nossa individualidade e nos libertar de todas as influências do mundo para que possamos nos converter em nossos próprios senhores, governando nosso barco pelos mares agitados da vida, sem jamais abandonar o leme da retidão ou deixar sua direção em mãos alheias. Devemos conquistar nossa liberdade de maneira absoluta e completa de modo que cada ação nossa, ou mesmo pensamento, tenha a sua origem em nós mesmos. Ao mesmo tempo precisamos nos manter alertas para permitir que cada um possa exercer sua liberdade, para nada esperar dos demais, mas para estarmos prontos a lhe estender a mão nos momentos de dificuldade. A causa de todos os nossos males é o ego e a separatividade e esses desaparecem tão logo o Amor e o conhecimento da grande Unidade se tornam parte das nossas naturezas.

Dr Edward Bach


ʺTudo o que temos a fazer é preservar nossa personalidade, viver nossa própria vida, ser o capitão do nosso próprio navio, e tudo estará bem. E é através do aperfeiçoamento destas qualidades em nós mesmos, que cada um de nós faz o mundo todo ficar um passo mais próximo do seu glorioso objetivo final. Assim existem grupos humanos definidos, cada um deles, realizando sua própria função. Nesses grupos, cada indivíduo tem uma personalidade definida própria e uma maneira individual, definida de fazer as coisas.″
Dr. Bach