Seja otimista!

Como ser feliz mantendo o olhar frio e o sorriso escondido? Como ser feliz, e se revoltar e se queixar? É como sair às compras sem dinheiro ou ir pescar sem anzol. Reconheça ser preciso jogar para longe o que for tristeza, desamor, e o espírito de levar vantagem, e colocar no lugar deles o prazer de viver em paz. Para se ter a felicidade é importante deseja-la por inteiro, robusta e quente, sob forte esperança no amanhã, porque, se deseja-la fraca, ela por si mesma se inutiliza desde o principio. A mente não é feita somente para atrair dinheiro ou bens materiais. A mente também faz isso. Mas sua maior finalidade é a criação dos valores morais e da paz, de tal modo que chegam a se refletir na face e atrai simpatias e benefícios. Se você tem hábitos enraizados, se você tem comportamentos de longa data, pensamentos que se repetem e se sente insatisfeito(a)...disponha-se a mudar. Não fique repetindo o passado, parado no tempo, inerte. Faça alguma coisa, construa um mundo novo, limpo e arejado. Você tem capacidade para isso. Acredite em um futuro brilhante. Você pode ser feliz tanto quanto, ou o quanto mais quiser ser feliz. Faça um autoexame do que você é, do que você pensa, em como vem se tratando e em como trata as pessoas e o planeta. Medite sobre a sua realidade, sobre o que tem feito com seu tempo e de como tem se relacionado si mesmo(a) e com os outros. E a partir disto, vislumbre e desenhe um novo futuro. Se você der o máximo de si na edificação de um futuro melhor, com esperança, fé em si mesmo e fé em um Poder Superior já terá começado a mudar seu quadro atual e a começar a se sobrepor como criatura bem sucedida. Confia em seu deus interior. Jesus disse: “Vós sois deuses, e como deuses podem fazer o que eu faço e muito mais se tiverem, fé!” A melhor confiança, a melhor defesa é a fé em seu deus interior. Aceite as quedas e perdas da vida. Cair e perder faz parte de nossa caminhada. Mas quando cair ou perder levante-se e caminhe ainda que sentindo dores. Não existem méritos em ficar deitado para evitar-se cair. Mas levantar-se todas as vezes que se cai. Somente assim aprenderemos algo. Acredite também em seu pais. Grandes homens e mulheres sempre acreditaram em suas nações. Diante disto quando partiram para a pátria espiritual, deixaram com seus feitos e ideias o planeta um pouco melhor. Não se aceite atolado em falhas ou em “pecados". Deus que é fonte de tudo e de todos não enxerga nossos erros, mas a força que fazemos para conserta-los. Diante disto, acredite em Deus. Muitas doutrinas religiosas afirmam que o Pai Celestial, é o Deus do impossível. Diante disto quando cair ou desiludir-se com as pessoas, segure nas mãos Dele. Pois se Deus realiza coisas impossíveis, com certeza ele é capaz de fazer o impossível acontecer em sua vida. Acenda o fogo do otimismo. Explore o seu poder de luta e terá um grande futuro. Lembre-se: O fogo de um palito ou um incêndio em uma floresta começa sempre com uma pequena faísca.

Manoel João

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O SOM E A LUZ DOS MANTRAS









O som é a matéria prima do universo. Na bíblia, livro sagrado cristão, no capitulo 3 do livro do Genesis , o autor escreveu que:

...E Deus disse: Faça-se a luz!  E a luz se fez.



No evangelho de João, capitulo 1 versículos de 1 a 14, o evangelista escreve que:


“No principio era o verbo. O verbo estava em Deus, e o verbo era Deus. Tudo o que foi feito, foi feito Por Ele. E nada do que existe foi feito sem Ele. N´Ele estava a vida.
E a vida era a Luz dos homens.”
Os mundos e os seres foram criados e constituídos pela palavra, pelo verbo, pelo som que textos sagrados de variadas doutrinas e de todos os tempos, desde os mais imemoriais definem como o hálito divino. Em suas pesquisas, a física quântica fala de sons que ecoam pelo universo infinito, que seria ainda o eco de explosões que deram origem aos mundos. Mas a física quântica também fala de sons que ecoam pelo universo, como se fora uma sinfonia dos astros, mas que não se sabe a sua origem, ou seja, de onde vem. Pelo som, o caos primitivo se ordenou, e se sistematizou nos mundos que conhecemos. O som no mundo físico, desperta um som correspondente nos reinos invisíveis ao olhar humano, e promove a ação de uma força presente no lado oculto da natureza.  O som é o mais eficaz e poderoso agente mágico, e é a primeira das chaves que abre a comunicação entre os mortais, e os imortais. Cada letra tem o seu significado oculto, tem a sua razão de ser, e produz e produz efeitos que serão a causa de novos efeitos. Como regra, muitos dos rituais litúrgicos e religiosos são cantados, então se supõe que não exista crença ou doutrina religiosa que não possua seus hinos, cânticos ou ladainhas, como forma de auxiliar aos fiéis a se sentirem mais próximos da divindade se conectando a ela. O som, é o veiculo ideal tanto para a libertação, como para a escravidão dos homens, pois mantêm humanos e animais num estado emocional tal que os predispõe a tomar atitudes. Atitudes às vezes as mais absurdas. Outras vezes elevadas. Cada um somente consegue doar aquilo que conquistou dentro de si.  É impossível doar aquilo que não se tem.  O som é a grande arma dos homens, e dos deuses. Em si, o som não nem bom e nem mau. Mas sim o emprego que se faz dele, é que o torna benéfico ou nefasto, pela vontade de quem o manipula e utiliza. Entre os sons que elevam o espírito e auxiliam na cura de diversas patologias estão os mantras, os sons místicos sagrados. A origem dos mantras está em um dos livros sagrados da Índia chamado Vedas. Dentro deste livro, está contido um dos textos mais antigo de todo os Vedas, chamado de Rig Veda, que é um livro de cânticos métricos e está divido em dez partes. Mantra significa: MAN: mente. TRA: controle. Ou seja, a palavra mantra significa o controle da mente. E um mantra pode ser uma sílaba, uma frase, ou um poema. Normalmente os mantras são escritos ou entoados em sânscrito. O sânscrito (pronuncia-se samskrta) é uma língua que faz parte de um conjunto de 23 línguas e dialetos oficiais falados na Índia. Um dos sistemas de escrita tradicional da Índia é o DEVANĀGAT, uma escrita silábica cujo nome é um composto nominal, formado pela DEVA (deus, sacerdote), e NĀGAT (urbano). Então, DEVANĀGAT, significa a escrita dos deuses. Os mantras originaram-se do hinduísmo, porem são muito utilizados no bramanismo, no budismo, no zen budismo. No cristianismo é utilizado em forma de orações como o terço, as ladainhas e rosários. Nas religiões africanas temos os mantras em forma de toques e cantos para saudar ou invocar seus orixás. Um mantra pode ser um som, uma sílaba, uma palavra ou grupo de palavras que causem uma transformação de ordem material, mental e espiritual. Esta transformação segundo textos indianos e estudos realizados pelo Dr. Richard Guerber (médico e pesquisador), mobiliza uma intensa quantidade de Prana (energia), vindo a estimular diversos aspectos da vida, como por exemplo:

Cura
Afeição
Despertar da consciência
Fecundidade
Proteção

A origem dos mantras se perde nas brumas do tempo. Acredita-se que os primeiros mantras podem ter sido entoados pelos sacerdotes, xamãs e feiticeiros desde tempos pré históricos. Na Índia, os mararishis (guias espirituais cuja origem remonta a Índia védica), que após anos de profunda meditação e observação, concluíram que tudo podia ser resumido em um único som, e que o som original, primordial do universo é AUM (pronuncia-se OM). Esta palavra sagrada tem correspondência com a palavra AMEM. Amem (escreve-se AMEN e vem de AMANÁ cuja pronúncia é Emunah), e não significa necessariamente  ˝assim seja״.  A palavra amem é um anagrama hebraico, uma linguagem simbólica e significa UL HAMOLK  NEEMAN. Ul pronuncia-se El e significa senhor. Hamolk: imperador, rei, guerreiro.  Neeman: fiel, amoroso. Então, a tradução de UL HAMOLK NEEMAN é: ˝O Senhor é o Rei Fiel. ˝ Bom, mas voltando aos mararishis, do Om, nasceu tudo o que existe neste universo. Os homens, os animais, as plantas, a terra, os minerais, as águas, etc. Também nasceu deste som, as qualidades de tudo o que conhecemos; bom e mau, bonito e feio, masculino e feminino, frio e quente, sólido, liquido e gasoso, alto e baixo, bem como toda a essência da vida.  Om é uma sílaba, que representa os três estados de consciência humana.  Vigilia, sonho e sono. Desta forma, o som inicia-se pelo estado de vigília, passando pelo estado sutil do sonho, terminando com o sono profundo onde tudo se dissolve. Tal simbologia facilita o entendimento dos porquês de os praticantes entoarem constantemente este mantra com o objetivo de desprender-se das ilusões e conscientizarem-se de que o mundo material é perecível, passageiro e repleto de ilusões. Com o passar dos tempos, e consequentemente com o fortalecimento das pesquizas e observações, bem como sua comprovação, tais práticas passaram a integrar os ramos de conhecimento humano, como por exemplo: teologia, astronomia, medicina, filosofia, etc. Normalmente associa-se o uso dos mantras a práticas místicas, religiosas e esotéricas. Na India, tanto outrora como na atualidade, os mantras são usados largamente pela medicina (Ayurveda), artes marciais (Vastu Shastra), na astrologia védica (Jyostish), e nas tradições populares de magia e feitiçaria (Jadu Tona).  O funcionamento de um mantra é independente de quem o entoa saber seu significado, ou o idioma em que é entoado, ou ainda da crença ou fé do individuo. Na verdade, um mantra é um agregado vibratório. É como se fosse um remédio que tem uma química vibratória própria, podendo ser cantado, entoado, falado ou rezado sendo que alguns são acompanhados de Mudras (gestos), gráficos (Yantras) ou posturas (Assanas). 
MUDRAS


YANTRA


ASSANA






























Segundo alguns praticantes, alguns mantras só podem ser transmitidos através de um guru (mestre), após certtos processos iniciáticos. Outros mantras são ligados a seres espirituais:


● Devas (deuses)
● Mahasiddas (mestres perfeitos)
● Asuras (demônios)
● Yakshas (espíritos da natureza)


Outros mantras manifestam um estado extremamente puro e concentrado. São chamados de Bihijas (mantra semente). Um mantra exerce importância singular por dois grandes motivos. Primeiramente, por tratar-se de partes ou seqüências (Angas) dos livros sagrados dos vedas ou derivações autorizadas dos mesmos como, por exemplo, os Upanishads, e também por tratar-se de instruções em forma de palavras ditadas diretamente pelos mararishis ou das ˝Lilas do Senhor˝ (Divindades iluminadas encarregadas de revelar segredos para a humanidade a mando do Senhor Supremo Brahman). E em segundo lugar, por tratar-se do nome de Brahman em si mesmo, na forma escitra e articulada sonoramente. Tais mantras podem se fazer acompanhar de instrumentos musicais e palmas em conjunto com danças ou não. É comum, por exemplo, no budismo tibetano, ou no zen budismo, o uso do silencio para a entoação de mantras. E a entoação pode ser falada, ou mental. Em grupo ou sozinho. Vale lembrar que as práticas orientais como o yoga, vegetarianismo, e mantras eram bem pouco conhecidas no ocidente. Porem quando o grupo musical The Beatles em 1967 encontra-se com  Maharishi Mahesh Yogi, no hotel Hilton em Londres, vindo a conversarem. Nesta entrevista são presenteados cada um com um mantra oferecido pelo maharish. Pouco tempo depois partem rumo a Rishikesh, Uttar Pradesh, na Índia, estudando meditação transcendental com  Maharishi. Este contato inspirou a criatividade do quarteto e devido à sua estadias no oriente, produziram algumas canções com referências à espiritualidade que a Índia tanto afirmava; canções essas que podem ser encontradas no White Albun e Abbey Road, com composições de Lennon, McCartney e Harrison, e influenciando grandemente com suas canções, o movimento pela paz, mais conhecido como movimento HIPPIE (gíria que quer dizer jovem) ou FLOWER POWER (poder da flor). Por conta disto, vale relembrar o que eu escrevi acima sobre o poder do som: ˝ O som, é o veiculo ideal tanto para a libertação, como para a escravidão dos homens, pois mantêm humanos e animais num estado emocional tal que os predispõe a tomar atitudes˝
  Tal fato não passou despercebido dos psicólogos e estudiosos, o que levaria muitos a se deslocar para o oriente, estudar a ação de tais práticas e a sua medicina, e voltando ao ocidente, tentaram explicar o porque os mantras produzem os efeitos esperados. Porem foi de comum acordo, que não se precisa saber o que significam, e que também não importa a pronuncia correta das palavras, pois se encontrou o mesmo mantra entoado de diversas formas, em países diferentes porem sempre com resultados positivos. Muitos psicólogos passaram então a defender a tese de que um mantra possui uma energia sonora que movimenta vibrações mentais por parte de quem os entoa. Outra explicação seriam os mudras.  Repetir um gesto tantas vezes seguidas, durante séculos criou-se um tipo de caminho energético vibracional, que na Índia é chamado de Akasha (segundo a filosofia indiana, akasha é um local, podendo também ser o  éter. Significa também a energia universal). Carl Gustav Jung, após estudar profundamente, chamou Akasha de Inconsciente Coletivo, posto que seja rapidamente assimilado pela psique de quem executa ou entoa os mantras. (Para maiores aprofundamentos, eu sugiro o livro ˝Os Arquétipos E O Inconsciente Coletivo˝, de autoria de C.G Jung).
  Vale lembrar, que toda palavra e todo pensamento constantemente repetido torna-se um mantra e conseqüentemente causa efeitos. Logo, um pensamento negativo, se constantemente alimentado por nossa vontade e atitudes, torna-se nefasto primeiramente a nós mesmos, e posteriormente ao nosso redor. É essencial limpar a mente da influencia dos nossos asuras, dos nossos demônios interiores, e enfrentar-lhes a influencia justapondo-se com nossos mahasiddhas, nossos mestres interiores, cortando-lhes a influencia pela raiz, de forma que nosso lótus interno possa florescer. O fertilizante para germinar e fazer crescer nosso lótus interno é a boa vontade, a persistência, e a firmeza de propósitos em buscar a um equilíbrio interno. É como eu citei mais acima. Cada um só pode doar aquilo que tem. Mas a ninguém é vedado o direito de aprender novos valores e adotar novas posturas que nos aproximem mais e mais do universo divino.

O Cantar do Mantra Hare Krishna



Hare krishna
Hare Krishna
Krishna Krishna
Hare Hare
Hare Rama
Hare Rama
Rama Rama
Hare Hare








Tal mantra é recomendado nos vedas, como o método mais fácil para a auto realização na atual era de Kali (era de desavenças, ansiedades e intranqüilidades). 


Kali

Krishna é o nome de Deus em sânscrito e significa ˝O Todo Atrativo˝.  E Rama, é outro nome de Deus e significa ˝ Reservatório do Prazer˝.  Hare significa ˝ Energia Divina do Senhor˝.  Logo, a tradução do mantra é:

˝O Senhor todo atrativo e pleno de bem aventuranças, Ó Energia do Senhor, por favor, 
Ocupe-me Em Seu Serviço Devocional˝



Há duas formas de se entoar mantras, de forma congregacional (Kirtana), e a forma individual. Em ambos os métodos, não há regras fixas ou rigorosas para esta alegre e sistemática forma de meditação e autocura. Repetir os mantras muitas vezes é a chave para interromper o processo natural de pensamento intermitente, que nos leva de uma ideia a outra sem controle. Quando paramos esse fluxo mental, o corpo relaxa, e a mente se aquieta e se abre a vibrações sutis, que permitem ampliar a percepção. Para usufruir dos benefícios emitidos pelos sons sagrados, basta repeti-los por alguns minutos sempre que possível ou quando sentir vontade. Vale ressaltar que em sânscrito palavras com SH, pronuncia como CHI. Ex: LAKSHIMI: pronuncia como LACKCHIMI.  NAMAHA pronuncia como NAMARRA. Segue alguns exemplos de mantras e seu objetivo bem como seu significado.



Invocação da paz


Aum Sahanavavatu
Saha nau bhunaktu
Saha viryam
Karavavahai
Tejasvinavadhitamastu ma
Vidvisavahai
Om Shanti Shanti Shanti


Que Ele nos proteja
Que Ele nos faça apreciar (a realidade)
Que nós tenhamos muita energia
Que nosso estudo tenha muita luz
Que nós jamais nos desentendamos
Que haja paz, paz, paz


Poder de cura generalizada pelo Sol


Om Arkaya Namaha
Om Hiranyagarbhaya Namaha

Om e saudações Àquele que brilha e alivia as aflições.
Om e saudações Àquele que brilha, cura e tem a cor do ouro.


Mantra para Elevação Espiritual
Om Nama Shivaya

Este mantra faz uso dos elementos universais que regem os chakras: a terra, a água, o fogo, o ar e o éter. As sílabas Na, Ma, Shi, Va e Ya ajudam cada chakra a utilizar melhor os elementos fundamentais que predominam nele. É, portanto, parte da tradição do mundo do Aperfeiçoamento do Veículo Divino, que se refere ao corpo humano com todos os seus níveis brutos e sutis.


Caminho do Equilíbrio


"Buda estava sentado a beira do caminho, se dedicando de maneira muito severa a práticas espirituais, quando passou por ele alguns músicos que entoavam a seguinte canção: 

˝ Ó musico, não deixe as cordas de seu instrumento muito frouxas, porque nenhum som virá dele. Também não deixe as cordas esticadas demais porque ou não produziram nenhuma melodia ou então se quebrarão. Sendo assim, seja moderado. ˝

Quando Buda ouviu esta canção, percebeu então que não deveria ser tão austero a ponto de praticar suas atividades espirituais de maneiras tão exaustivas e rigorosas, mas simplesmente meditar com naturalidade e encontrar o caminho do equilíbrio."



O dourado caminho do meio, a moderação, é uma realização, é uma grande conquista interior. É se respeitar, se amar e libertar-se 
dos extremos para aprender a encontrar o equilíbrio.


"Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existe, são pessoas que lutam por seus sonhos, e pessoas que desistem deles. "
Augusto Cury






quarta-feira, 11 de maio de 2011

O PERDÃO



  O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar. O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras. Existem religiões que incluem disciplinas sobre a natureza do perdão, e muitas destas disciplinas fornecem uma base subjacente para as várias teorias modernas e práticas de perdão. Exemplo de ensino do perdão está na "parábola do Filho Pródigo" (Lucas15:11–32).Que cito abaixo somente para ilustrar:


˝ Um Homem tinha dois filhos. O mais novo deles disse ao pai: Pai, dá-me parte dos bens que me toca. Ele repartiu entre eles os bens. Passados poucos dias, juntando tudo o que era seu, o filho mais novo partoiu para uma terra distante, e lá dissipou os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, houve naquele país uma grande fome e ele começou a sentir necessidades. Foi, e pôs-se ao serviço de um dos cidadãos daquela terra. Este mandou-o para seus campos guardar porcos. Desejava encher seu estomago da comida que os porcos comiam e ninguem lhes dava. Mas, tendo entrado em sí, disse: Quantos diaristas há na casa de meu pai, que tem pão em abundãmcia e eu aqui morro de fome! Irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus diaristas. Levantou-se e foi para seu pai. Quando ele estava ainda longe, seu pai o viu, ficou movido de compaixão, e saiu correndo, lançou-lhe os braços ao pescoço e beijou-o. O filho disse-lhe: pai, pequei contra o céu e contra tí. Já não sou mais digno de ser chamado teu filho. Porem o pai disse aos seus servos: Tirai depressa a veste mais preciosa, veste-o, ponde-lh um anel no dedo e osapatos nos pés. Trazei tambem um vitelo gordo, matai-o e o assa. Comamos e banqueteemos, porque meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado. E começaram a festejar. Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando veio e se foi aproximando de casa, ouviu musica e cantos de festa, chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Este disse-lhe: Teu irmão voltou e teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o recuperou com saúde. Ele porem indignou-se e não queria entrar. Mas o pai saindo, começou a pedir-lhe que entrasse. O irmão porem respondendo disse ao pai: Há quantos anos que te sirvo, nunca transgredi nenhum mandado teu e nunca me destes um cabrito para eu me banquetear com os meus amigos; mas logo que veio este teu filho, que devorou os seus bens com meretrizes, lhe mandaste matar um novilho gordo. Mas o pai disse-lhe: Filho, tu estas sempre comigo, tudo o que é meu...é teu tambem! Era porem justo que houvesse banquete e festa, porque teu irmão estava morto e reviveu, tinha-se perdido e foi encontrado.״

Normalmente as doutrinas de cunho religioso trabalham o perdão sob duas óticas diferentes, que são:

• Uma ênfase maior na necessidade das faltas dos seres humanos serem perdoadas por Deus;

• Uma ênfase maior na necessidade dos seres humanos praticarem o perdão entre si, como pré-requisito para o aprimoramento espiritual.

  O que é o perdão hoje? O perdão laico pressupõe uma transformação moral tanto do agressor como de quem foi agredido. Para haver o perdão, é preciso, de um lado, arependimento sincero, e do outro,disposição para apagar ressentimentos. Esse é um processo complexo. Como saber por exemplo, se o remorso demonstrado por um assassino é verdadeiro ou apenas um gesto dissimulado? Como é possivel olhar nos olhos do assassino, lembrar-se de seus crimes e ainda lhe conceder o indulto que lhe permitirá sentir-se menos sufocado pelo peso da culpa? A idéia de que perdoar exige um processo de mão dupla, é empregada com naturalidade nas mais diversas instâncias da vida contemporânea. Entre marido e esposa, entre colegas de trabalho, entre nações, entre empresas e consumidores, entre pais e filhos, etc. Trata-se no entanto, de um conceito recente se formos analisar em termos históricos e que reflete uma conquista ética e moral da civilização ocidental. No livro ״ Antes do Perdão. As origens de Uma Idéia Moral, de autoria do filósofo David Konstan˝, ele afirma que o modelo de perdão conforme descrito acima não existia na antiguidade clássica e nem antes do cristianismo. O conjunto de valores e atitudes que forma a moderna concepção de perdão tampouco era encontrado nas culturas orientais, nem na america pré-colombiana ou nas tribos africanas.No periodo do iluminismo no século XVIII, o perdão só existia com a intermediação divina. No sistema moral da grécia por exemplo, não havia a admissão de culpa. Os erros eram frequentemente atribuidos aos caprichos dos deuses. Hoje em dia, algumas pessoas e doutrinas espiritualistas dizem que errar é por culpa de maus espiritos. No livro ODISSÈIA de HOMERO, Ulisses mata cada um dos 108 pretendentes a mão de Penélope. Um deles, Eurímaco, pede clemencia e oferece dinheiro como forma de reparação. Não há arrependimento por parte de Eurímaco, mas apenas a intenção de de se livar de tornar-se pasto para vermes. No segundo livro de RETÓRICA, o filósofo grego ARISTÓTELES avalia a raiva e o seu oposto, o apaziguamento. Ele escreve: ˝ As pessoas sentem-se mais dispostas diante de quem não as enfrenta״. No entanto Aristóteles em nenhum momento sugere a necessidade de uma mudança na titude do agressor.Na idade média, pagava-se uma taxa para a igreja, pois o perdão só podia ser concedido por Deus. Ou seja, o sujeito confessava-se, pagava pela indulgencia e então o padre, dava operdão dizendo que Deus lhe perdoava os pecados. Claro que o tamanho do perdão era de acordo com o tamanho da quantia dada. Quanto aos hereges, estes podiam receber o perdão caso pagassem a tal taxa e se convertessem ao cristianismo. No Islamismo, a reconciliação é desejavel, mas não necessária. Quem perdoa o outro, o faz para receber o seu próprio perdão futuramente por Alá.


PERDOA, MAS NÃO ESQUEÇE...


  Perdoar vem do latim per + dorare, cujo significado é dar plenamente. Portanto, se houver algum sinônimo para perdoar, somente poderá ser amar. O dar plenamente refere-se a permitir que aquele que errou, tente outra vez e tenha a oportunidade de poder tomar uma atitude de valor. Essa situação de erro, obviamente jamais será esquecida, e aquele que diz: “perdôo, mas não esqueço”, não perdoou, faltou algo, não foi pleno. Quem perdoa não é o suposto ofendido, mas aquele que ama e ajuda o outro na busca do sentido, mesmo que tenha sido prejudicado pelo culpado. É comum a associação de perdão com ofensa, mas, na realidade, ninguém ofende ninguém. É o indivíduo que “se ofende” com atitude dos outros (o verbo ofender é mais precisamente um verbo reflexivo: ofender-se). Somente os fracos se ofendem. Os fortes dão a outra face para bater, ou entregam a túnica quando lhe levam o manto. Nós que nos ofendemos quando alguém tenta magoar-nos. Se nos mantivermos distantes da atitude do outro, não existirá a ofensa para nós, somente na intenção do outro. Assim sendo, parece que seria mais apropriado à antiga reza do Pai nosso... Perdoai as nossas dívidas..., e com uma pequena e substancial modificação: ...perdoai as nossas dividas, assim como as de todos os devedores para convosco...; estaria mais adequado. No sentido profano habitual, Cristo nunca perdoou, pois Ele nunca Se ofendeu. Pois só perdoa quem guarda rancor. Ele perdoava a falta de cumprimento dos deveres para com Deus, às dívidas. Resumidamente, perdoar nada mais é que dar o que o outro precisa para redimir-se. Isto não dói e não nos leva a nenhum padecimento, pelo contrário, tem o poder de restaurar o padrão de auto organização. Alguém disse que para ser feliz é necessário promover cinco perdões; perdoar-se, perdoar seu pai, perdoar sua mãe, perdoar o outro e perdoar o mundo. Outro erro freqüente é considerar perdoar como sinônimo de desculpar, que, no entanto são duas atitudes bastante distintas. Desculpar significa tirar a culpa, e só é possível tirar a culpa de quem não a tem, e foi injustamente acusado. Quando se tem culpa, nem Deus desculpa, Ele perdoa. Na justiça comum, inocentar é desculpar, a culpa não era do réu, e perdoar, é declarar o culpado solto e independente, jamais, livre, pois a liberdade é uma atitude imanente, não é uma concessão. O senso comum muito se abastece da ideia de que o perdão é valioso e deve sempre ser concedido. Há talvez aí, em nossa cultura, uma influência muito grande dos ensinamentos cristãos. O estímulo ao perdão, independentemente do que tenha ocorrido, é amplamente pregado. E a primeira pergunta é: o que é perdoar, o que isso significa? Porque há perdões e perdões. O perdão de marido e mulher é com certeza diferente de se perdoar ou “perdoar” (entre aspas) o assassino de um filho, por exemplo. Me recordo de um caso, em que o mundialmente famoso Chico Xavier, médiun mineiro, foi procurado por Gloria Peres, por conta do assassinato de sua filha, Daniela Peres. Chico Xavier conversou muito com ela procurando consola-la. Em dado momento Chico disse o seguinte: ״ Dona Gloria...não vou lhe pedir para perdoar os algozes de sua filha, porque pedir para um coração de mãe perdoar os assassinos é coisa difícil, pois a dor é muito grande. O perdão é algo que vem com o tempo, e muitas vezes demora muitas encarnações para que seja concedido o perdão. Não posso pedir para que a senhora perdoe o Guilherme, mas apelo justamente para seu coração de mãe, para que não permita o linchamento e maus tratos do rapaz na cadeia. Eu em minha infância presenciei um linchamento em Pedro Leopoldo, e é muito triste, muito deprimente e humilhante. A senhora tem muitos amigos, a senhora tem prestigio. Então eu apelo a seu coração de mãe e interceda por ele, pois ele também tem uma mãe que com certeza também esta sofrendo ˝.
E Então Gloria Peres disse... ˝. ״ Chico...perdoar eu não consigo. Mas farei com que ele cumpra sua sentença com segurança e pedirei pela sua preservação física e moral. ״
Recentemente, o ator Guilherme de Pádua, posto em liberdade condicional dirigiu-se até a presença de Gloria Peres e pediu perdão, no que ela lhe respondeu: ˝ Não lhe perdoei. Mas quero que vc refaça a sua vida, e seja feliz״.
  No caso de infidelidade, no casamento, o perdão geralmente significa a reconciliação, o restabelecimento das condições anteriores. Perdoar, nesse caso, é voltar a ser o que era. Amigos, por exemplo, se perdoam, de fato, quando voltam a ser amigos e a exibir a mesma empolgação e vigor da amizade, anteriores ao desentendimento. Na verdade, a grande questão é que o perdão geralmente não é verdadeiro. As pessoas acabam dizendo que perdoaram mais para satisfazer essa pressão social cristã pelo perdão. Perdoar, de verdade, é permitir que tudo volte a ser o que era, como antes. E isso somente é possível se houver compensações. Exemplo: o sujeito perdeu o livro que lhe foi emprestado e tem seu perdão se comprar outro livro igual, repondo-o, compensando seu erro. Porque tudo nessa vida tem seu preço, inclusive amizade e amor. E amor se paga, muitas vezes, com dedicação e fidelidade. E ele rende o quê? Bem estar, proteção, prazer, alegria, sensação de que nossa vida tem sentido. Outra coisa que se ouve muito, também: “A gente perdoa, mas não esquece”. E isso é perdão completo, perdão de fato? O perdão não pressupõe o esquecimento? Para perdoar não é necessário esquecer? Por outro lado, é possível compreender o que as pessoas estão querendo dizer com isso: “perdoei, voltei com ele (ainda estão juntos, casados, quer dizer), mas não esqueci, ainda tenho mágoas”. Ou seja, restabeleceu o relacionamento anterior, porém ainda carrega mágoas, o ressentimento sobrevive. E aí mora geralmente um problema frequente: a pessoa diz que perdoou, mas ainda, como se diz popularmente, ״joga na cara˝, ou então restabeleceu o relacionamento anterior porque não tinha outras alternativas. Vive uma relação de dependência e abuso com quem ama. Vive a ambivalência de modo muito intenso. Diz que perdoou, mas vive indireta ou inconscientemente agredindo o sujeito ״perdoado״. E assim, a pergunta: de que vale dizer, da boca pra fora, que perdoou, para depois restabelecer um relacionamento baseados numa série de confusões e mal entendidos? De que vale bancar o redentor para depois viver o inferno? O inferno de simplesmente não saber o que está fazendo e simplesmente se ver como vítima de seus próprios rancores mal resolvidos? Assim se torna crônica uma relação onde o ódio e as mágoas são sempre mascarados com um série de comportamentos que os tornam ainda mais difíceis de serem resolvidos. Em termos psicológicos, diríamos que formações reativas e projeções passam a tomar conta do jogo. Perdoar ou não perdoar? Eis a questão. Se não for de verdade, perdão completo, se for somente um ato baixado por decreto para apaziguar a moral cristã, não vale a pena. Desse modo ficam abertas as portas para muita coisa mal resolvida, para agressões indiretas, por exemplo, as quais se escondem em atos inconscientes e vão, pouco a pouco, minando com o que restou do amor. E um bom indício de que se perdoou de verdade é o sentimento de compensação. Se nos sentimos compensados, seja lá por que motivo, é possível perdoar. Do contrário, estaremos navegando na mentira, pois é no reconhecimento dos erros que se igualam o perdão e paz de espírito.
"O perdão é uma escolha. É recuperar seu poder, é assumir a responsabilidade pelo que você sente" Segundo a filosofia do yoga, o perdão é um dos caminhos do dharma - dever. É uma grande virtude que abre o caminho da luz. É uma bênção tanto para quem recebe como para quem concede.

Aquele que perdoa e não guarda rancores em seu interior, experimenta despreocupação e a leveza da alegria.

A capacidade de perdoar não acontece facilmente ou rapidamente. É uma virtude que precisa se cultivada por muito tempo. Você precisa ter muita força interior que vem da sabedoria e do amor de seu coração.

A oração, a contemplação e a meditação purificam o coração e a mente e auxiliam a sentir o perdão.

O perdão é um ato do coração e faz você experimentar o amor de seu próprio interior. Ele libera a dor, o ressentimento que você carregou como um fardo que feria a você mesmo e aos outros. Você deixa de ser vítima de quem lhe prejudicou.

Torna-se mais fácil perdoar quando você não multiplica as ofensas, não guarda mágoas e nem permite que a dor cresça em seu coração se relembrando do que lhe fizeram ou do que aconteceu.

É difícil perdoar quando você reage agindo da mesma maneira, revidando as provocações, as afrontas e magoando também a outra pessoa.

É preciso se lembrar que tudo que você pensa, fala e faz cria seu próprio mundo. Desse modo, ao criar dor para a alguém você está criando sofrimento e inquietude para si mesmo.

Quando uma pessoa nutre pensamentos rancorosos, esses pensamentos tendem a se acumular gerando tensões, insônia, agitação, destruindo sua própria paz mental.

A raiva e o ódio são emoções que tendem a se agravar e a crescer se deixados sem controle. São nossos verdadeiros inimigos.

Você pode até achar que sente aliviado ao responder da mesma maneira, mas você se esquece que está gerando sofrimento para si mesmo. Você não percebe que essas emoções destrutivas queimam você por dentro, tiram sua paz e alegria.

Para superar essas emoções destrutivas, você precisa cultivar a paciência e a tolerância.

Como diz Dalai Lama, no livro A Arte da Felicidade: "um produto da paciência e da tolerância, é o perdão. Quando somos realmente pacientes e tolerantes, o perdão surge espontaneamente".

O perdão é uma escolha. É recuperar seu poder, é assumir a responsabilidade pelo que você sente.

O perdão é para sua própria cura porque você não gasta energia desnecessária sentindo raiva e sofrimento em relação a coisas sobre as quais você não pode mais mudar e não têm poder.

Muitas pessoas não entendem que quem perdoa é o mais beneficiado e teimam em afirmar que o outro não merece seu perdão. Mas, agindo assim, elas estão apenas criando uma montanha de dor para elas mesmas.

Analise os acontecimentos negativos no passado e reconheça que passado é passado e que nada vai mudar esses acontecimentos. Perceba que não adianta guardar ressentimentos, pois isto apenas perturba sua mente criando infelicidade para você.

Perdoar não é esquecer algo doloroso que aconteceu. Perdoar e esquecer são coisas diferentes. Você pode até se lembrar desses acontecimentos, mas o importante é abandonar os sentimentos negativos relacionados a esses acontecimentos. Ao perdoar você não fica preso ao passado.

O perdão é a energia do amor que nos liberta.

Entenda o valor do perdão. Compreenda que perdoando você pode melhorar sua saúde física e mental. Você se liberta das amarras das mágoas e experimenta a leveza do coração.

Perdoando você está sendo gentil com você mesmo e reconhecendo a bondade de sua alma. Você experimenta tranquilidade da mente, sente entusiasmo e vive melhor seu momento presente.

Pessoas de difícil convívio em nossos relacionamentos nos ajudam a desenvolver todas estas virtudes: paciência, tolerância, perdão, compaixão e compreensão. São como termômetros para nós, pois através delas vamos nos autoconhecendo, descobrindo o quanto já evoluímos e o quanto ainda precisamos dissolver a raiva em nosso coração.

E entenda que para perdoar você não precisa conviver com a pessoa. O importante é vibrar sinceramente para que ela seja feliz. Tanto quem perdoa como quem é perdoado é beneficiado com o perdão.

Alimente a força do perdão. E experimente como essa virtude abençoada fortalece você e o ajuda a superar as dificuldades.

Lembre-se de Deus e sinta como o poder do perdão é uma verdadeira alquimia curando e transformando você.





quarta-feira, 4 de maio de 2011

AGRESSÃO SONORA



Basta transitar pelas ruas para ver diversas pessoas grudadas a fones de ouvido. Absortas em seu universo particular, elas podem passar horas conectadas a aparelhos de música digital, enquanto vão de um lugar para o outro ou desempenham alguma atividade. Desavisados, muitos não sabem que, dependendo da intensidade do som e do tempo de exposição, esse hábito acarreta perda de audição lenta, progressiva e quase imperceptível, mas irreversível depois de instalada.


DEPENDENCIA SONORA

O office-boy Gustavo Teixeira, 19, fica conectado aos fones cerca de 12 horas por dia. “Quando estou na empresa, tento controlar a intensidade do som para que as outras pessoas não escutem. Mas, na rua, ponho o volume no máximo. Outro dia, uma pessoa no ônibus até me pediu para abaixar um pouco”, admite. Gustavo já ouviu falar dos riscos à audição, mas não se imagina sem seus headphones. “Não consigo mais me mover sem os fones. Preciso estar com eles em todo lugar para onde vou.”

Não que os fones sejam proibidos. Porém, na maioria das vezes, eles são usados em altíssimos decibéis (dB) e por períodos prolongados. “O indivíduo pode se expor por quatro horas em ambientes acima de 90 dB; uma hora acima de 100 dB; 15 minutos acima de 110 dB; e sete minutos acima de 115 Db. Mais que isso é intolerável para o ouvido”, informa o otorrino Júlio Miranda, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia. E aí está o perigo. Normalmente, a emissão sonora dos aparelhos alcança a potência de 100 dB, mas a maioria deles não apresenta a medição, nem informa ao comprador a forma correta de uso.

TRAUMA ACUSTICO

Outro grande problema é a proximidade da orelha média e interna. “Os fones colocam o som muito próximo do sistema auditivo, amplificando as ondas sonoras que chegam até a cóclea, órgão que processa o som dentro da orelha”, afirma o otorrino Márcio Fortini, presidente da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (regional Minas Gerais). Os fones pequenos e anatômicos (auriculares), que se encaixam no conduto auditivo externo, proporcionam ainda mais riscos, pois aumentam a pressão e a intensidade. “Como não abafam o ruído externo, é preciso aumentar o volume para conseguir o efeito desejado no som”, diz o médico.
                               

É exatamente o que faz o técnico em informática Robert Marques Maia, 30. Ele usa os headphones pelo menos duas horas por dia, na maioria das vezes quando está no trânsito. “Como o ambiente da rua é muito barulhento, costumo aumentar o máximo, encobrindo o som externo”, conta. A prática já dura dois anos, mas Robert não a considera um vício. “É apenas um hábito”, diz. O uso indevido dos fones também pode causar o trauma acústico, uma lesão imediata causada pela exposição a sons de altíssima intensidade. O som alto ainda pode provocar insônia e estresse. “Existe uma ligação entre o sistema auditivo e o sistema límbico, responsável pelo controle das emoções, na qual a exposição excessiva a ruídos sonoros desencadearia esses sintomas”, explica Fortini. Por fim, há a questão da higiene do aparelho: se os headphones não estiverem limpos, podem causar infecções no canal externo da orelha (otites), principalmente se compartilhados.


SINTOMAS IRREVERSIVEIS

Normalmente, as pessoas só percebem que estão perdendo a audição quando começam a ter dificuldades no convívio social ou profissional. Além de não conseguir entender algumas palavras dentro de limiares normais, elas passam a ouvir zumbidos e ter sensação de pressão e desconforto nas orelhas. No caso de crianças e adolescentes, há prejuízo no aprendizado. Infelizmente, esses sintomas só começam a se apresentar quando o processo de perda auditiva já está instalado. Para o diagnóstico, é preciso se submeter ao exame de audiometria – teste realizado por um fonoaudiólogo que avalia o nível de audição. “Porém, se as células sensoriais da orelha interna, especificamente na cóclea, estiverem realmente lesadas, não existe nenhum tratamento cirúrgico ou medicamentoso para recuperar a audição perdida”, lamenta o otorrinolaringologista Cheng T-Ping, doutor pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Não dá pra marcar bobeira. Antes que isso aconteça, é fundamental prevenir os danos para a audição, utilizando os headphones de forma cuidadosa. Nesse sentido, os fones modelo “concha”, que cobrem a orelha, são teoricamente menos danosos. “Outra orientação é não escutar a música tentando abafar os sons externos. Isto é, o volume nunca deve estar no máximo”, aconselha T-Ping. Fique de olho também no tempo de uso, não mais que uma hora por dia. Lembre-se: a surdez é irreversível.

COMO UTILIZAR O FONE DE FORMA SEGURA...



- Opte por modelos tipo “concha”, que recobrem toda a orelha,
- Nunca escute música no volume máximo. Controle-o abaixo dos 80 dB,
- Não encubra o som ambiente aumentando a intensidade da emissão do aparelho,
- Reduza o tempo de uso para no máximo uma hora diária,
- Quando estiver em casa, prefira o aparelho de som convencional,



DECIBÉIS EM POTEMCIAL - POLUIÇÃO SONORA

Não são apenas os fones de ouvido que podem causar riscos à audição. “Os ruídos das grandes cidades respondem por 30% dos casos de surdez”, informa o otorrino Júlio Miranda, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia. Para se ter uma ideia, os beats das baladas ultrapassam 100 decibéis (dB), e o coro de buzinas do trânsito engarrafado, 105 dB. Quem passa muito tempo nesses lugares tem que se cuidar. “Procure usar abafadores de ouvido no trânsito e, se estiver em algum lugar barulhento, faça intervalos de hora em hora em ambientes mais calmos por 15 minutos”, sugere Miranda.


fernando Torres
Fonte
http://www.musicaeadoracao.com.br
http://musicaeadoracao.blogspot.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

MUSICOTERAPIA:


  A musicoterapia é uma forma de terapia que promove mudanças numa pessoa, tanto de ordem física quanto de ordem emocional, mental e cognitiva. Possibilita melhor qualidade de vida do indivíduo, ajuda a diminuir o stress, a ansiedade, proporciona melhora na auto-estima, estimula a memória, pode-se trabalhar a coordenação motora, aliviar tensões.
  Segundo a definição oficial da Federação Mundial de Musicoterapia: “Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização , expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas. A Musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção. Reabilitação ou tratamento.” A música acompanha o homem desde os tempos mais antigos. Há registros em papiros egípcios que datam de 1500 a.C que se referem ao encantamento pela música, na Bíblia há várias citações referindo-se a utilização de instrumentos musicais e muitos outros documentos. No Brasil o tratamento com a musicoterapia ainda não é tão conhecido como na Europa e EUA, onde teve início. Na época das grandes guerras, músicos amadores e profissionais tocavam nos hospitais para soldados feridos de guerra, não demorou muito para que médicos e enfermeiras observassem melhoras destes pacientes. O 1º curso de graduação no Brasil, foi em 1972 no Rio de Janeiro. Hoje existem mais de 127 cursos que vão da graduação ao doutorado. A sistematização dos métodos utilizados só começou, no entanto, após a Segunda Guerra Mundial, com pesquisas realizadas nos Estados Unidos. O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Michigan State University.

QUE É MUSICA?

  A música do grego μουσική τέχνη: Musiké Téchne. A Arte Das Musas. É uma forma de arte que constitui-se basicamente em combinar uma sucessão de sons e silêncio agradável, ritmada e organizada ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função. A criação, a performance, a significancia e até mesmo a definição de música variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e sua recriação na performance), música improvisada até formas aleatórias. A musica pode ser dividida em gêneros e subgeneros, contudo as linhas divisórias e as relações entre generos musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à interpretação individual e normalmente controversas. Dentro de um contexto artistico, a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo. Em muitas culturas, a música está extremamente ligada a vida. A música expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente é utilizada de diversas maneiras,não só como arte, mas também como aspecto militar, educacional, religioso ou terapêutico (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas atividades coletivas, como comiçios, rituais religiosos, festas e funerais. Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana. Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efêmero", a música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples. Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silencio, numa sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo. Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são entendidos aqui apenas em seu sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositalmente harmonias ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo formal ou desvios ritmicos). E é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta simples constatação encontram diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do criador (compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo, do antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:

•Toda combinação de sons e silêncios é música?

• Música é arte? Ou de outra forma, a música é sempre arte?

• A música existe antes de ser ouvida?

• O que faz com que a música seja música é algum aspecto objetivo ou ela é uma construção da consciência e da percepção?

ABORDAGEM NATURALISTA

  De acordo com esta abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência autonoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprender e entende-la seja fruto da disciplina, a música em si é um fenomeno natural e universal. A teoria da ressonancia natural vai neste sentido, pois ao afirmar a natureza matemática das relações harmonicas e
sua influencia na percepção auditiva da consonancia e dissonancia, ela estabelece a preponderancia do natural sobre a prática formal. Consideram ainda que, por ser um fenomeno natural e intuitivo, os seres humanos podem executar e ouvir a música virtualmente em suas mentes sem mesmo aprende-la ou compreende-la. Compor, improvisar e executar são formas de arte que utilizam o fenomeno música. Sob esse ponto de vista, não há a necessidade de comunicação ou mesmo da percepção para que haja música. Ela decorre de interações físicas e prescinde do humano.
Abordagem funcional, artistica e espiritual
Para este grupo, a música não pode funcionar a não ser que seja percebida. Não há, portanto, música se não houver uma obra musical que estabelece um diálogo entre o compositor e o ouvinte. Este diálogo funciona por intermédio de um gesto musical formante (dado pela notação) ou formalizado (por meio da interpretação). Neste grupo há quem defina música como sendo "a arte de manifestar os afétos da alma, através do som" Esta expressão informa as seguintes características:

1) música é arte: manifestação estética mas com especial intenção a uma mensagem emocional.

2) música é manifestação: isto é, meio de comunicação. Uma das formas de linguagem a ser considerada. Uma forma de transmitir e recepcionar uma certa mensagem entre indivíduos considerados, ou entre a emoção e os sentidos do próprio indivíduo que entona uma música.

3) utiliza-se do som: é a idéia de que o som ainda que sem o silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente considerado não produz música.

  Para os adeptos dessa abordagem, a música só existe como manifestação humana. É atividade artística por excelência e possibilita ao compositor ou executante compartilhar suas emoções e sentimentos. Sob essa óptica, a música não pode ser um fenômeno natural, pois decorre de um desejo humano de modificar o mundo, de torná-lo diferente do estado natural. Em cada ponta dessa cadeia, há o homem. A música é sempre concebida e recebida por um ser humano. Neste caso, a definição da música, como em todas as artes, passa também pela definição de uma certa forma de comunicação entre os homens. Como não pode haver diálogo ou comunicação sem troca de signos, para essa vertente a música é um fenômeno semiótico (do grego semeiotiké: A Arte Dos Sinais")

O MUSICOTERAPEUTA

  O musicoterapeuta oferece experiências sonoras, que estimulam os canais de percepção, capaz de despertar emoções, favorecendo a expressão de sentimentos e pensamentos. Cada um de nós tem uma identidade sonora, uma preferência musical. Sons que agradam a um nem sempre agradam ao outro, na musicoterapia trabalha-se não só com estas preferências, mas também com o silêncio, a pausa, que também têm sua importância para a terapia, uma vez que o silêncio é uma forma de linguagem tanto quanto a palavra.
Para o musicoterapeuta o paciente não precisa conhecer música, espera-se somente que ele se expresse e aprenda a se conhecer melhor. Não existe certo ou errado. Em nenhum momento se pensa na estética do material apresentado. O musicoterapeuta é um profissional que deve ter conhecimentos médicos, psicológicos, pedagógicos e musicais, mas não é um médico, nem um psicólogo, nem um músico, muito embora ele possa ter ou vir a ter estas ou qualquer outra formação acadêmica se assim o desejar, mas o musicoterapeuta tem uma formação específica, devendo ser antes de tudo um terapeuta, com grande conhecimento teórico e prático da utilização do complexo mundo sonoro, musical e do movimento.
Ele não deve ter o pré-juízo musical estético que tem o músico formado, pois isso o impedirá de aceitar com inteira liberdade os ritmos "não-estéticos" de um determinado paciente ou o "desafinado" de outro, etc.
Ele não deve ter o pré-juízo interpretativo do psicólogo, que se formou numa concepção de verbalização dos fenômenos inconscientes, com uma tendência à interpretação verbal e superintelectualização dos mecanismos psíquicos, pois isso dificultará lidar dentro da concepção do pensamento não verbal.
Ele não deve ser um médico porque este tem que indicar a aplicação deste auxiliar da Medicina e avaliar seus resultados no contexto geral do processo recuperatório do paciente.

As principais áreas de atuação dentro da Musicoterapia são:

Clínica: pesquisar e aplicar técnicas sonoras, instrumentais e musicais para reabilitar pessoas com distúrbios físicos, sensoriais, mentais e emocionais.

Educacional:prevenir e tratar distúrbios de aprendizagem e dificuldades na leitura e escrita, com a utilização de métodos musicais.

Social:desenvolver atividades com crianças, idosos e gestantes em hospitais, centros de saúde, creches, casas de repouso e asilos; participar de programas de assistência a menores abandonados, infratores ou envolvidos com drogas ou alcool.

Pesquisa:trabalhar em pesquisas que comprovem estatisticamente a eficácia da musicoterapia; criar novos métodos terapêuticos musicais para auxiliar nos diversos tratamentos físicos e psíquicos.

MUSICAS USADAS

  A intervenção terapêutica pode vir associada à outras técnicas como relaxamento progressivo, treinamento autógeno, reiki, yoga,acupuntura, e demais práticas convencionais ou complementares. Apesar de haver um sub-entendido consenso sobre os benefícios da música clássica ou a música psicodélica eletrônica de sons contínuos ou no caso de acupuntura e yoga indiana associada à meditação assim como a música da China é sabido que o efeito da música sobre o paciente depende de sua história de convivência com os diversos estilos musicais por um processo de condicionamento estético e/ou vivência por ventura associadas. Por outro lado os musicoterapeutas na sua formação estudam os efeitos hipnóticos dos ritmos repetidos a associação de rítmos ao transe e êxtase místico e/ou o seu efeito sobre as emoções humanas, relativamente bem conhecidos como por exemplo por produtores da música de filmes (suspense, ação, sensualidade, etc) e peças teatrais incluindo a ópera. Recentemente uma das maiores aplicações dé sucesso reconhecido da musicoterapia tem sido o tratamento da dor crõnica e stresse pós traumático.

obs: todos os dados contidos neste texto referm-se a musica ocidental composta de 7 notas musicais. Musicas orientais e tribais possuem notas e sons que não são conhecidos na cultura ocidental.

A TERAPIA

  A terapia pode ser em grupo ou individual e quase todas as pessoas podem ser tratadas com a musicoterapia. Também pode ser aplicada nas escolas, nas empresas, hospitais ou instituições e não há restrição de idade, podem se beneficiar desde bebês até pessoas bem idosas.
Desenvolve um processo orientado por um musicoterapeuta qualificado, que oferece ao paciente (ou cliente), experiências sonoros-musicais, que facilitam a organização verbal, uma vez que a linguagem da expressão das artes em geral antecede a linguagem da comunicação verbal, possibilitando o equilíbrio emocional e corporal.
Pode-se trabalhar com a Musicoterapia Receptiva ou Expressiva.

Musicoterapia Receptiva (escuta musical e sonora): utiliza-se música ou sons selecionados de acordo com a necessidade do tratamento, para estimular os sentidos do paciente e obter respostas.


Musicoterapia Expressiva: usa-se o fazer som, não importa se é música ou ruído. As propriedades dos instrumentos, como som, cor, textura, tamanho, também podem ser exploradas, para estimular a expressão, o cognitivo e a memória.

O tratamento com a Musicoterapia favorece a construção de uma imagem positiva de si mesmo e dos outros, estimulando sua expressão (verbal, escrita, corporal, plástica, musical).

MUSICOTERAPIA EMPRESARIAL

  A musicoterapia empresarial é uma prática pioneira, inovadora e aponta uma nova tendência nas organizações que integra de forma geral empresa e música. Promove principalmente comunicação e saúde integral. "É a aplicação da música para produzir uma condição de bem-estar no indivíduo".

A musicoterapia enfatiza a escuta nas organizações, a cultura musical, a arte e a saúde no trabalho. Tem o foco tanto na escuta externa do ambiente de trabalho quanto na escuta interna, visando favorecer a comunicação intra e interpessoal, a promoção da saúde integral enquanto potencial máximo de produtividade.

A comunicação envolve as relações consigo e com o outro e se dá também através de elementos não verbais, que implicam nas informações trazidas pelo corpo, pelos gestos, pela voz, pelos sentidos, pela cultura, etc; e na comunicação verbal, que é a linguagem falada. Tecnicamente estimular a escuta, os movimentos e os sentidos favorecem a comunicação verbal e a não verbal, que por sua vez traz a excelência nos atendimentos aos clientes, desenvolvimento de vendas, habilidades gerenciais, liderança e qualidade.

A atuação do musicoterapeuta no ambiente de trabalho se dá através da musicoterapia ativa ou receptiva.

  A musicoterapia receptiva (escuta musical e sonora) é utilizada com diversas estratégias, tais como: música ambiente, previamente selecionada e comandos sonoros e musicais visando direcionar a escuta para aspectos relevantes da música (timbre, intensidades, ritmo, alturas melódicas, etc), com isso estimular aspectos cognitivos como concentração, atenção e memória além de promover o relaxamento e a redução das tensões. E ainda o musicoterapeuta atua diretamente em grupos utilizando o silêncio, a percepção de sonoridades, musicalidades e a expressão vocal-sonora-musical e corporal, ampliando as funções do ouvir e do escutar no trabalho, fazendo paralelos dessas experiências com situações no trabalho.

  A musicoterapia ativa representa o fazer musical que proporciona um alívio das tensões conscientes e inconscientes através da eliminação dos conteúdos internos, experimentando possibilidades de se relacionar consigo mesmo, com o trabalho e com o outro. A música promove a liberação de substâncias químicas que trazem sensações de prazer, aumentando assim a imunidade, a saúde física e a sensação de prazer, além de trazer espontaneidade, integração, desinibição e um melhor relacionamento com cliente, melhorando a produtividade e a motivação em equipes, assim como nos treinamentos de liderança, pois relaciona os instrumentos líderes nas dinâmicas musicoterápicas.

A musicoterapia empresarial está relacionada com três principais fatores: ciência, arte e relação.

  Enquanto ciência visa intervenções objetivas e resultados práticos como a música ambiente e a performance realizada com os devidos critérios do musicoterapeuta, que incluem reconhecimento da empresa, avaliação e auto-avaliação, consultas, diagnóstico, intervenções, monitoramentos e treinamentos. Busca resultados que favoreçam a auto-reflexão e a liderança participativa, o aumento do rendimento, a redução do stress e do absenteísmo; visa incentivar a auto-estima e integração e,conseqüentemente, desenvolve novas habilidades e estratégias no trabalho. Enquanto arte no trabalho promove um senso estético e sensível, traz bem-estar e criatividade para lidar com situações do cotidiano com mais eficiência e habilidade. Utiliza elementos da música como timbres, ritmo interno e externo, melodias e alturas, harmonia, instrumentos musicais, voz e movimentos corporais. Traz elementos de percepção auditiva e musical como base para os treinamentos e para a administração melhor do tempo.
  Nas relações traz elementos integradores da música como a cultura musical, a comunicação verbal e não-verbal. Já que a música é uma linguagem universal tem as bases integradoras entre colaboradores, fornecedores e clientes, maximizando resultados e o desenvolvimento humano.
  A prática da musicoterapia empresarial tem como finalidade um melhor rendimento e a produtividade, o bem-estar e a saúde integral, além do desenvolvimento humano trazendo uma iniciativa de humanização e responsabilidade social no trabalho, podendo ser realizada através de:

•Palestras e Práticas Vivenciadas,

•Música Ambiente ou estímulos sonoros e musicais durante o trabalho,

•Performance ou Musicoterapia Laboral: grupos de música e movimento voltado à sensibilização e conscientização,

•Instalações: Espaços Ambientados de silêncio, sons, música e instrumentos musicais,

•Eventos Musicais Temáticos,

•Ponto de Escuta na Empresa: o musicoterapeuta escuta as queixas e media conflitos através dos sons e da música (pessoalmente ou intranet),

•Programas específicos e temáticos para liderança, motivação, aposentadoria, reengenharia e processos de mudança, trazendo adaptabilidade e flexibilidade, favorecendo o clima organizacional,

•Musicoterapia Clínica: grupos de prevenção e tratamento de doenças ocupacionais e afastamentos: depressão, pânico, dependência química, ler-dort, disfonias,

  O foco principal dos treinamentos e intervenções de musicoterapia empresarial é a comunicação e a saúde e sempre devem ser realizados por um musicoterapeuta formado e habilitado, que pensa nas relações entre música, ser humano e empresa.


MUSICA E GESTAÇÃO

  A gravidez é um momento muito especial na vida da mulher ou do casal, tenha sido ela programada e desejada, ou não. É acompanhada por grandes mudanças físicas, hormonais, emocionais e relacionais que merecem atenção diferenciada. Geralmente uma gravidez traz entusiasmo, boas expectativas, amor e alegria. Em certas situações, a gravidez pode também gerar insegurança, ansiedade, medo, tristeza, depressão ou rejeição. Em ambas as situações, para a manutenção da boa qualidade de vida da gestante, do bom desenvolvimento do bebê e da harmonia do casal, é importantíssimo que desde o início da gestação haja uma boa comunicação e bom vínculo entre a criança e os pais. Durante a gestação, paralelamente ao desenvolvimento físico, sabe-se que a estrutura psíquica do bebê está em constante desenvolvimento. Ainda no período intra-uterino o bebê pode perceber todos os sons internos do corpo da mãe, todos os sons do ambiente onde a mãe vive e convive e é capaz de perceber todas as sensações, desejos e emoções que a mãe sente. Tais percepções estão intimamente ligadas ao início da formação da identidade e personalidade do bebê. Na musicoterapia, através de sons, músicas e movimentos corporais, a mãe (e pai, quando for o caso) estabelecem um contato mais íntimo com o bebê passando a relacionar-se intensamente com ele ainda durante a gestação, fortalecendo vínculos afetivos e a comunicação com a criança, visando gravidez, parto e pós-parto mais tranqüilos e saudáveis. Segundo Maria Galicchio, membro da Federação Mundial de Musicoterapia, a música, através dos seus elementos, gera energia criativa e ao utilizar a música durante a gestação, a mãe passa ao feto, sons com informações ricas em conteúdo emocional. Isto contribui para o bem-estar do bebé e para o seu desenvolvimento físico e mental. A audição é o primeiro sentido a despertar. O feto entra em contacto com os ruídos da parede intestinal da mãe, do líquido amniótico e dos batimentos cardíacos e os sons externos começam a ser ouvidos a partir da 16ª semana. A partir da 20ª semana começa a reagir aos sons e na 25ª semana já reconhece as diferenças entre eles. O objetivo da musicoterapia, durante a gestação, consiste, antes de mais, em favorecer o relaxamento, mas também, em estimular as percepções auditivas do feto. As sensações começam, geralmente, no 6º mês de gestação, no entanto a terapia pode iniciar-se muito antes.

BENEFICIOS PARA A MÃE E O FETO

  O musicoterapeuta ensina às gestantes como usar a música para relaxar e para trazer à lembrança imagens visuais. A música pode ser um meio de mudar a percepção que uma mulher tem da dor durante o trabalho de parto e do próprio parto, eliminando ou reduzindo, assim, a quantidade de anestesia usada durante o processo. O terapeuta musical pode frequentemente acompanhar a gestante durante o trabalho de parto caso haja interesse pr parte da futura mamãe. Estudos realizados na França, demonstram que o uso da música na gestação e trabalho de parto possibilita uma relação mais positiva da gestante com sua imagem corporal, uma melhor aceitação e vivência da gestação, um contacto mais intenso com o feto e um parto um pouco mais tranquilo. Durante a gravidez a musica desempenha um papel muito importante no desenvolvimento do feto e do equilíbrio no binómio mãe/filho.


BENEFÍCIOS PÓS PARTO

• Bebes estimulados com música no período pré-natal, mamam ao ritmo da música, tem uma amamentação mais completa desfrutando plenamente do ato, mamam por mais tempo e obtém uma melhor digestão favorecida pelo ritmo e vibração da música.

• Pesquisas revelam que o desenvolvimento da inteligência é bem maior nas crianças cujas mães cantavam enquanto eles ainda estavam no útero. E esse resultado pode ser ainda mais benéfico se a mãe der continuidade ao estímulo musical no lactente.

• ″ Quando cantamos canções de embalar os nossos filhos, estamos a educá-los e a comunicar-lhes o nosso amor .″

• ″ O som da voz da mãe é para a criança como o leite, que preenche, alimenta e aconchega ″.

• Devido aos benefícios da atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, o método ″mãe canguru″, e da música para a grávidas e bebês, nota-se que a união dessas técnicas, musicoterapia e método ″mãe canguru″ só têm a acrescentar a favor da mãe e de seu filho, visando a rápida recuperação de ambos, o fortalecimento do vínculo, a diminuição da ansiedade, da depressão materna e do stress hospitalar.

GLANDULA PINEAL



  A epífise neural ou glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Apesar das funções desta glândula ser muito discutida, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução. Em torno do 4º e 5º mês de vida intra-uterina a glândula Pineal já apresenta células e tecido de sustentação, alcançando 2 mm de diâmetro. Na pineal é que as expansões energéticas do psicosoma prendem-se mais profundamente, sendo por isto chamada de "a glândula da vida espiritual". Não existem duas pessoas com uma Pineal igual à outra, como nas impressões digitais. À medida que o desenvolvimento da Pineal se processa, cada vez mais se acentua a união com as energias vibracionais que impulsionam todo o desenvolvimento fetal modelado pela matriz bioenergética. As modificações que ocorrem na glândula pineal são observáveis até os dois anos de idade. Daí até 6 ou 7 anos, as transformações são muito lentas. A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do sol e da lua. A pineal obedece a estímulos externos e internos. Por exemplo, o Sol é um estímulo externo que regem as noções de tempo e que influencia a pineal, regendo o ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio Melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Os estímulos internos são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Também produz naturalmente traços da substancia química Dimetiltriptamina (ou DMT), que é alucinógeno (encontrado no chá Ayahuasca ou Daime). Para termos um sono reparador é necessário que a Melatonina seja secretada adequadamente pela pineal e supõe-se ainda que outras funções sejam exercidas por este hormônio, tais como a de regulação térmica do organismo e alterações do comportamento sexual. A produção da Melatonina esta diretamente ligada à presença da luz. Quando a luz incide na retina o nervo óptico e as demais conexões neuronais levam até a glândula pineal essas informações inibindo a produção do hormônio. A maior produção da Melatonina ocorre à noite, entre 02h00min e 03h00min horas da manhã, num ritmo de vida normal, e esta produção aumentada produz sono. A glândula pineal é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), facilmente visível em radiografias simples de crânio devido a um tipo de calcificação existente nela. Na verdade, alguns pesquisadores defendem a tese de que a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, independente da pessoa. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de seqüestrar campos eletromagnéticos, essas vibrações eletromagnéticas chegam num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresentaria mais facilidade nos fenômeno mediunicos. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. Observamos também que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.
Os cristais de apatita (um dos poucos minerais produzidos por sistemas biológicos) vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captam, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. No ser humano, torna-se capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, que é capaz de decodificar essas informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos desenvolvida. Esta teoria pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a telepatia e a mediunidade. Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza com este tipo de campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, como se fosse um ″terceiro olho″ literalmente. Segundo pesquisadores e parapsicólogos, fenômenos paranormais dão-se através de emissões eletromagnéticas. Essas emissões são captadas pela pineal que depois é convertido, em estímulos eletroneuroquímicos; e apesar dessa alegação de que a pineal seria uma "antena" por onde a alma transmitiria os pensamentos para o cérebro, a extração completa da glândula por cirurgia, realizada em casos de tumores benignos ou malignos, não leva a morte ou qualquer alteração na capacidade de pensamento. Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em seu estudo sobre a pineal, chegou à seguinte conclusão: "A pineal é um sensor capaz de ″ver″ o mundo espiritual” É uma glândula, portanto, que vive o dualismo espírito/matéria. O cérebro capta o magnetismo externo através da glândula pineal. Outro cientista, Levdig, expressou-se de forma semelhante ao dizer que a glândula Pineal seria o órgão responsável pelo "sexto sentido″. Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso/filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

MANTRAS
 
  A glândula pineal está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Vibrando o liquido, vibra a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica!

ANIMAIS

  A pineal não explica integralmente o fenômeno paranormal, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à paranormalidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A paranormalidade está ligada a uma questão de senso-percepção. Então, a ela não basta à existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a paranormalidade é uma função humana. Algumas correntes defendem que o chakra frontal origina-se a partir da glândula pineal. Outras defendem que na maioria dos indivíduos o vórtice dos Chakras Coronário e Frontal convergem para a glândula pituitária, mas em alguns casos o Coronário se inclina até a pineal. Confusão estabelecida, a maioria da bibliografia consultada encontrou o seguinte: A relação dos chakras com glândulas é, segundo conhecimentos mais recentes de médicos e cientistas espiritualistas de alto discernimento, uma relação simbólica, por equivalência de funcionalidade. E ainda assim indireta, uma vez que os chakras se ligariam aos plexos, e estes sim às glândulas endócrinas. Então, parece ser uma questão metafísica, vibracional e energética, e não somente física. Seja como for, pra explicar de uma forma didática e prática, o chakra frontal atua sobre a glândula hipófise (pituitária, embaixo), enquanto o Coronário atua sobre a glândula epifise (pineal, em cima).O Chakra coronário é a sede da perfeição maior no homem. Nele vivemos e buscamos o sentido da divindade. Quando o coronário começa a se abrir, experimenta-se cada vez mais momentos em que a separação entre o ser interior e a vida exterior é anulada. Sua consciência fica totalmente quieta e plena. Com o crescente desdobramento do coronário, esses momentos ocorrem com maior freqüência e se tornam cada vez mais claros, até se transformarem numa realidade permanente, não havendo então nenhum retrocesso na evolução. Quando não se abre para as realidades transcedentais, mantendo esse chakra menos desenvolvido, poderão aparecer sentimentos de insegurança e de desorientação, talvez uma certa insensatez na vida e provavelmente surja o medo da morte, impelindo criar mecanismos de fuga através de novas atividades, ou se impondo mais responsabilidades.

INFLUENCIA DA MUSICA NO CORPO

  Desde a idade média a palavra era mais importante que a melodia. Foi na Grécia antiga que se descobriu a influência da música no corpo humano. Aristóteles falava do verdadeiro valor médico da música e Platão receitava música para a cura das angústias. Ele afirmava "a música é o remédio da alma". Virtudes ″mágicas″ da música eram transmitidas pelos instrumentos. Sons produzem efeitos terapêuticos. A música é muito mais que um simples conjunto de sons que compõe uma melodia. Ela penetra nossa pele, provoca arrepios de prazer ou nos faz mergulhar em doces lembranças.
Os efeitos benéficos à saúde física e mental da música foram descobertos mais de 30.000 anos atrás. O reconhecimento de que a música poderia provocar comportamentos e emoções, levou ao uso da música para a prevenção e cura de enfermidades físicas e mentais. O estudo da estrutura e do funcionamento do cérebro evoluiu muito nos últimos anos. Torna-se cada vez mais possível identificar as partes específicas do cérebro usadas para diferentes aspectos do pensamento e da emoção. Cada região cerebral contribui de forma específica para o funcionamento do sistema funcional como um todo. Existem regiões no cérebro humano compostas por células especializadas destinadas a memorizar somente sons com determinados ritmos. Outras são destinadas a memorizar diferentes timbres de som. Existem células que têm a função de armazenar somente a linha melódica de uma música e o conjunto desses grupos celulares, compõe a memória sonora. A área cerebral responsável pelo reconhecimento da música que ouvimos é a região ou córtex temporal do hemisfério direito do cérebro, assim como a execução das melodias e da prosódica musical. Melodia é a sucessão rítmica, ascendente ou descendente de sons, a intervalos diferentes e que encerram o sentido musical. Prosódia é o ajuste das palavras à música e vice-versa, a fim de que a sucessão de sílabas forte e fraca coincida com os tempos fortes e fracos dos compassos. O reconhecimento da música, portanto sua identificação, ou seja, sua percepção constitui uma função cognitiva. Também é função do córtex temporal direito executar a música cantando-a. O córtex temporal do hemisfério esquerdo é indispensável para a composição e escrita da música. No hemisfério esquerdo estão os centros da linguagem, que nos possibilitam a compreender a música.


EFEITO MOZART

WOLFGANG AMADEUS MOZART, compositor austríaco, nasceu em 27 de janeiro de 1756 em Salsburgo e falece em 6 de dezembro de 1791 em Viena. Pertenceu ao Classicismo, usando os floreios do Barroco e os rebuscados agudos do Romantismo. Sua obra revela a liberdade do pensamento humano. O poder único e incomum da música de Mozart provavelmente tem origem em sua vida, especialmente nas circunstâncias que cercaram o seu nascimento. Ele foi concebido num espaço incomum. Sua existência pré-natal foi diariamente imersa em música. Seu pai era um excelente violinista e sua mãe se dedicava ao canto. Descobriu-se que, em especial, os concertos para violino criam um grande efeito curativo sobre o corpo humano, principalmente na parte neurológica. Mozart foi um executante talentoso desde os 4 anos, e suas primeiras composições deram-se aos 6 anos: um Minueto e um Trio. Com 14 anos se apresenta para o imperador da Rússia. Em 35 anos ele compôs 627 obras. O Efeito Mozart é um termo usado para fazer referência aos poderes de transformação da música na saúde, educação e bem-estar. Representa de uma maneira genérica, o uso da música para reduzir o estress, depressão e a ansiedade. Induz ao relaxamento e o sono.Restaura o corpo, melhorando a memória e o estado de alerta. A pesquisa com a música de Mozart começou na França nos idos de 1950, época em que o Dr.Alfred Tomatis iniciou as suas experiências de estimulação auditiva em crianças com problemas de audição e comunicação. Nessa época já havia muitos centros de pesquisas espalhados pelo mundo todo que usavam as músicas de alta freqüência de Mozart, especialmente os concertos para violino e as sinfonias, para ajudar crianças com dislexia, problemas de fala e autismo. A Universidade da Califórnia, Irvine, começou suas experiências nessa área em 1950, relacionando a música do compositor com a inteligência espacial. Em 2001 os ingleses começaram a estudar o efeito das obras nos epiléticos. O Dr.Tomatis descobriu que ela acalmava e melhorava a percepção espacial e permitia que o ouvinte se expressasse com maior clareza, comunicando-se com o coração e a mente. O ritmo, a melodia, a excelência de execução e as altas freqüências da música de Mozart claramente estimulavam e impregnavam as áreas criativas e motivacionais do cérebro. Mas talvez o segredo da sua magnitude seja porque ela soa pura e simples. Mozart não tece uma tapeçaria deslumbrante como o grande gênio matemático de Bach. Não provoca ondas de emoções como o epicamente torturado Beethoven. Sua obra não tem a rígida simplicidade de um Canto Gregoriano. Não acalma o corpo como uma boa música folclórica, nem atira em movimento como um astro de rock. Mozart é ao mesmo tempo, profundamente misterioso e acessível e, acima de tudo, destituído de malícia. Daí a sua aura de Eterna Criança. Sua graça, seu encanto e sua simplicidade nos permitem divisar uma sabedoria mais profunda dentro de nós. A expressão estrutural e emocional ajuda a esclarecer a percepção tempo/espaço. A estrutura do rondó e da sonata-allegro constitui a forma básica na qual o cérebro torna-se familiar com o desenvolvimento das idéias. O ouvido começa a se desenvolver na 16ª semana da gestação. Ele é essencial para o equilíbrio, a linguagem, a expressão e a orientação espacial. Sendo uma antena receptora, vibra em uníssono com a fonte de som, quer esta seja musical ou lingüística. O corpo se contrai quando tenta se proteger de sons irritantes ou desagradáveis e relaxa com sons harmoniosos. Por intermédio da medula, o nervo auditivo se conecta com todos os músculos do corpo, explorando o repertório inerente de padrões de estímulo espaço-temporal do córtex. A música complexa facilita determinados padrões neurais envolvidos em atividades superiores, como a matemática e o xadrez. Em contrapartida, a música simples e repetitiva poderá ter o efeito contrário. Som é o campo vibracional que forma a linguagem, a música e até o silêncio. Quando ele está organizado nós nos comunicamos por palavras, idéias, sentimentos e expressões. Por outro lado, quando ele está desorganizado é criado o barulho. O som chega ao nosso cérebro e ao nosso corpo através da pele, ossos e ouvidos, mesmo que a pessoa esteja em estado de coma. É claro que cada pessoa escuta de uma forma diferente, reagindo de uma maneira diferente ao som e ao barulho. Quando ritmo, melodia e harmonia estão organizados em uma bela forma, mente, corpo, espírito e emoções se harmonizam. Pesquisas comprovam que ouvir certas músicas de Mozart ativa os neurônios e melhora a inteligência. O primeiro indício do que viria a ser chamado “Efeito Mozart” surgiu em 1989, quando o neurobiólogo americano Gordon Shaw simulou a atividade cerebral em um computador. Em vez de imprimir um gráfico dessa simulação, ele decidiu transformá-la em sons. E, para sua surpresa, o ritmo do som cerebral se mostrou muito parecido com a música barroca. “Não é uma música tão bonita quanto à de Mozart, mas seu estilo é bem distinto, fácil de reconhecer”, disse ele. Foi aí que pensou em testar qual seria o efeito das obras do compositor no cérebro do ouvinte. Em outras palavras, será que esse tipo de composição musical de alguma forma amplia a atividade das células nervosas cerebrais? Os resultados foram muito positivos nos testes de Q.I. A partir de então, experiências distintas feitas por colegas de outras universidades chegaram a resultados diferentes. Algumas não produziram nenhum efeito, enquanto outras confirmaram o trabalho de Shaw. Nascia assim a polêmica. O tira-teima veio mais recentemente, quando Shaw e colegas usaram aparelhos de ressonância magnética para mapear as áreas do cérebro que são ativadas pela música: Ressonância Magnética Funcional. Percebeu-se então que, além do córtex auditivo, onde o cérebro processa os sons, a música também ativa partes associadas com a emoção e, com Mozart, o cérebro todo se ″acende″. Apenas Mozart ativa áreas do cérebro envolvidas com a coordenação motora, visão e outros processos mais sofisticados do pensamento. Infelizmente, tal aparelho não explica a razão desse fenômeno. De todo modo, esse trabalho científico provou indubitavelmente que o ensino da música aumenta muito a capacidade mental das crianças. Se elas forem apresentadas a Mozart bem cedo, quando ainda estão desenvolvendo sua rede neural, o resultado positivo pode durar para toda a vida, alegam os especialistas. A composição usada como carro-chefe das pesquisas é a Sonata para dois pianos, em Ré Maior, K. 448. Há grande destaque, também, para os Concertos para violino nº 3 e 4. O Efeito Mozart é a pedra filosofal para o código ou linguagem internas de funções cerebrais superiores. A idéia de que a música tem certas propriedades e poderes que podem aguçar nossa mente e transformar nossa alma é muito antiga. Essa era à base da civilização de Confúcio, de Pitágoras e seus seguidores e do Estado Ideal de Platão. Pitágoras dizia que a música era divina, pois era formada e construída por intervalos musicais que podiam ser definidos por proporções matemáticas. Os pitagóricos acreditavam que os números eram o centro do universo. Como os números não mudam, eles eram de origem divina. Logo, os intervalos musicais eram também divinos, pois representavam a expressão de um número. Platão foi quem colocou a música no patamar mais alto. Em ″A República″, ele desenvolve a teoria da ″doutrina de ethos″. Nessa obra, Platão descreve a idéia de um Estado Ideal e como educar os meninos de maneira a se tornarem líderes. Segundo ele, duas coisas eram necessárias na educação fundamental dessas crianças: ginástica, para treinar o corpo, e música, para moldar o espírito. Somente a música do modo de Dório e Frígio eram permitidas, pois só ela desenvolveria a bravura nas crianças. Apesar do Estado Ideal de Platão nunca ter sido colocado em prática, suas idéias musicais nunca foram esquecidas.

MUSICA E ENVELHECIMENTO

  A música sempre acompanhou o envelhecer da humanidade, dando sentido aos movimentos e épocas, refletindo sentimentos. Por sua capacidade de transcender ao tempo, a música ultrapassa não só séculos e décadas como também permeiam as diferentes culturas e gerações inteiras, demonstrando as diferenças e semelhanças entre elas. Onde quer que haja um povo, uma cultura, ali existirá música. A velhice, como a música, pertence ao tempo. Um tempo que marca o corpo e constrói a memória, seja individual ou coletiva. As músicas de nossas vidas fazem parte dessa construção. Nós fazemos música para nos escutarmos nela. A Musicoterapia na melhor idade se apresenta como uma terapia auto-expressiva de grande atuação nas funções cognitivas, isto é, para a manutenção das capacidades de memória, percepção, atenção, concentração e linguagem. A música atua como intermediadora na relação terapeuta/cliente, visando à melhoria da qualidade de vida, estimulando as ações físicas, sensório-perceptivas, psicológicas e sociais do indivíduo que tem o seu corpo como o primeiro instrumento musical a ser relembrado, conhecido e reconhecido. A utilização da música e seus elementos (som ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta em um processo estruturado facilita e promove a comunicação, o relacionamento, à aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva), desenvolve potenciais e/ou recupera funções do indivíduo de forma que possa alcançar melhor integração social, familiar e conseqüentemente saúde, bem estar e desejo de viver. A musicoterapia não pode ser considerada uma terapia curativa, esta deve ser vista sim, como uma combinação de ações, efetuadas pelo terapeuta, através do uso correto dos sons, instrumentos e movimentos corporais que estimulam as zonas do cérebro correspondentes ao processo de cura. A música influencia a nossa mente e o nosso organismo, mediante a criação de emoções. Qualquer composição musical pode influenciar seja de forma positiva, quer seja de forma negativa, isto é, tanto pode causar depressão, angustia, stress e ansiedade, como pode causar relaxamento, alegria e equilíbrio psicológico.

MUSICA E MAL DE PARKINSON

  A doença de Parkinson, foi descrita pela primeira vez no início do século XIX pelo médico britânico James Parkinson como "paralisia agitante", está entre os problemas neurológicos mais preponderantes hoje em dia. O mal de Parkinson caracteriza-se por apresentar problemas neurodegenerativos comuns na terceira idade, mas não é específico dos idosos: metade dos pacientes adquire a doença antes dos 60 anos. E ela pode se desenvolver antes mesmo dos 40. A doença se caracteriza por transtornos do movimento. Tremor nas mãos, nos braços e em outros locais, rigidez nos membros, lentidão de movimento, equilíbrio e coordenação debilitados estão entre as marcas registradas da doença. Alguns pacientes têm também dificuldade para andar, falar, dormir, urinar e no desempenho sexual. Essas debilidades resultam da morte dos neurônios.
As principais células afetadas são as que produzem o neurotransmissor Dopamina na região chamada substância negra. Elas são componentes essenciais dos gânglios da base, um circuito complexo nas profundezas do cérebro responsável pela sintonia fina e pela coordenação dos movimentos. No princípio, o cérebro é capaz de funcionar normalmente ao perder neurônios dopaminérgicos na substância negra. Mas quando metade ou mais dessas células desaparece, o cérebro não consegue mais compensar sua ausência. No fim o caos prevalece, quando as partes do cérebro envolvidas no controle motor: o tálamo, os gânglios da base e cortex cerebral deixam de funcionar como uma unidade integrada e orquestrada. A musicoterapia bem aplicada pode trazer resultados positivos. Ao iniciarmos a terapia com o cliente, devemos realizar também uma entrevista com os familiares mais próximos e que convivem com ele, com a finalidade de descobrir informações sobre o período inicial da doença. Essa entrevista é de grande valor, pois nos dá informes quanto ao aspecto emocional do cliente e seu comportamento no período anterior a doença, pois estas informações direcionarão o rumo da terapia durante o tratamento. Outro fator importante é dedicar respeito, atenção e carinho pelo cliente, pois estará tratando de um ser humano e na maioria dos casos idoso. Procurar utilizar-se também da cantoterapia, danças circulares e outras atividades cognitivas. Jamais prescindir de acompanhamento médico e fisioterápico. Estar sempre em contato com familiares sobre como auxiliar na terapia e estar atento quanto aos resultados obtidos.

TIPOS DE MUSICA E SUAS FREQUENCIAS


O Canto Gregoriano usa os ritmos da respiração natural para criar uma sensação de amplidão descontraída. É excelente para o estudo e a meditação silenciosa e pode reduzir o estresse.

• A música barroca mais lenta (Bach, Handel, Vivaldi, Corelli) comunica uma sensação de estabilidade, ordem, previsibilidade e segurança e cria um ambiente mentalmente estimulante para o estudo e o trabalho.

• A música clássica (Haydn e Mozart) tem clareza, elegância e transparência. Pode melhorar a concentração, a memória e a percepção espacial.

• A música romântica (Schubert, Schumann, Tchaikovski, Chopin e Liszt) enfatiza expressão e sentimento, com freqüência evocando temas de individualismo, nacionalismo ou misticismo. É mais útil para ampliar simpatia, compaixão e amor.

• A música impressionista (Debussy, Fauré e Ravel) é baseada em humores e impressões musicais de fluxo livre e evoca imagens de sonho. Um quarto de hora de devaneio musical, seguido por alguns minutos de alongamento, pode liberar seus impulsos criativos e colocá-lo em contato com seu inconsciente.
• Jazz, blues, Dixieland, soul, calipso, reggae e outras formas de música e dança provenientes da expressiva herança africana, podem animar e inspirar, liberar profunda alegria e tristeza, transmitir agudeza e ironia e afirmar nossa humanidade comum.

• Salsa, rumba, merengue, macarena e outras formas de música latina têm um ritmo vivo e uma batida que pode fazer o coração disparar, aumentar a respiração e coloca em movimento o corpo inteiro. O samba, entretanto, tem a rara capacidade de acalmar e despertar ao mesmo tempo.

• As músicas das Big Bands, por exemplo, Glen Miller, Ray Connif, e country podem inspirar movimentação leve à moderada, engajar as emoções e criar uma sensação de bem-estar.

• O rock e o pop de artistas como Elvis Presley, Rolling Stones ou Michael Jackson podem sacudir as paixões, estimular uma movimentação ativa, liberar tensões, mascarar dores e reduzir o efeito de outros sons, altos e desagradáveis, no ambiente. Também podem criar tensão, dissonância, estresse e dor no corpo quando não estamos dispostos a ser entretidos de forma enérgica.

• A música ambiente ou New Age, sem ritmo dominante (por exemplo, a música de Steven Halpern ou Brian Eno), prolonga nossa sensação de espaço e tempo e podem induzir um estado de alerta descontraído.

• Heavy metal, hard, punk, rap, hip hop e grunge podem estimular o sistema nervoso, levando a um comportamento dinâmico e à auto-expressão. Também podem sinalizar a outras pessoas (em especial adultos que vivem na mesma casa que seus adolescentes musicalmente invasivos), a profundidade e a intensidade do tumulto interior da geração mais jovem e sua necessidade de liberação.

• Músicas religiosas e sacras, tambores xamânicos, hinos de igreja, música gospel e spirituals, podem nos levar a sentimentos de profunda paz e consciência espiritual. Elas também podem ser notavelmente úteis para nos ajudar a transcender e aliviar nossa dor.

SENDO ASSIM...

  Estamos imersos em um universo repleto de sentimentos promovidos por atitudes construtivas, densas, otimistas e pessimistas, espiritualistas e materialistas. Essa atitude comportamental é o grande construtor, ou veneno e maior obstáculo para crescimento dos seres em geral. As emoções que criamos geram ondas de freqüência como se fossem descargas constantes. Essa por sua vez vai acumulando, dissipando-se como se fossem grandes massas de ar na atmosfera. A grande diferença é que esse tipo de concentração é muito sutil, ou seja, inicialmente sem forma física condensada. O que isso sugere é que estamos o tempo todo sendo banhados pelo acúmulo das freqüências que nós mesmos criamos, pois comparando com a poluição ambiental tão evidente em nosso planeta, pode se dizer é que é a mesma coisa, porém o agente nesse caso é o nosso padrão emocional. Essa massa de vibração criada e acumulada volta para nós mesmos, assim como as queimadas e outras emissões de gases na atmosfera que tem destruído a camada de ozônio tão importante para a vida na terra. Quando essa freqüência volta para quem cria, o ciclo só tende a continuar e aumentar cada vez mais, visto que o padrão frequencial estimula que as pessoas fiquem cada vez mais positivas ou mais negativas. Mais ou menos conscientes da necessidade de transcender a esse padrão repetitivo de sentimentos inferiores e nocivos. Isso explica o fato que algumas cidades são mais desenvolvidas em aspectos humanos e sociais e outras tão calamitosas. Os próprios moradores de uma cidade criam a freqüência específica que vai ditar a harmonia ou a desarmonia naquela região. No Brasil e no mundo todo existem ″Minas″ e ″Torres″ de freqüência. Minas são centros geradores de vibração densa e nociva, graças ao padrão das pessoas e de sua influência energética nociva. Torres são centros transmissores de vibrações positivas, criadas pelas próprias pessoas, e principalmente pela influencia positiva dos elementos da natureza como o clima, a geografia, a vegetação e também pela grande distância em relação às Minas. Estar em ressonância é quando se cria um padrão vibratório parecido com aquele que já existe, ou seja: Se um individuo cria atitudes positivas, estará ele direta ou indiretamente conectado com a mesma freqüência gerada. Fazendo uma analogia com as ondas de rádio, pode-se dizer que cada ser humano está sintonizado a uma determinada estação (a estação é a atitude e o comportamento pessoal que sintoniza). Quando se geram atitudes positivas as músicas que tocam também são positivas, desta maneira ouve-se, canta-se essas músicas. Outro fato importante é que outras pessoas podem estar sintonizadas a essa mesma rádio, criando uma comunhão energética entre todas. E só o fato de gostarem dos mesmos tipos de músicas ou estar conectadas as mesmas freqüências da rádio já cria uma afinidade entre essas pessoas. Essa afinidade gera uma vibração característica que pode ser positiva ou negativa dependendo da qualidade da intenção, dos sentimentos e pensamentos envolvidos. Por isso pode se dizer que os ouvintes dessa mesma sintonia estão em ressonância. Da mesma maneira, quando se criam atitudes nocivas, também se produz uma freqüência negativa, ou seja, de freqüência menos elevada, que vai gerar uma ressonância com outras pessoas de mesma vibração. Entre outras palavras: ″O semelhante procura e atrai o semelhante″. O mais importante disso tudo é que se compreenda o fato de que quando estamos conectados a determinada freqüência, as nossas atitudes são totalmente baseadas e estruturadas no que ″ouvimos″ nessa rádio. Isso quer dizer que se na estação de rádio toca as ″musicas″ de sentimentos e atitudes negativas como raiva, ódio, medo, apego, tristeza, orgulho, etc. O individuo vai produzir atitudes em sua vida nesse mesmo padrão. A importância da compreensão desses conceitos é essencial para que cada um tenha consciência que cada atitude ou ação criada gera uma reação com mesma intensidade e que ressona com quem cria, ou seja, alimenta as atitudes da pessoa e dita sua forma de viver a vida. Quando se está conectado a uma onda de rádio de baixa freqüência, os impactos negativos podem ser verdadeiramente avassaladores a ponto de criar uma desarmonia muito grande, não só em uma pessoa individualmente mais também no todo pelo efeito da ressonância. O lado otimista dessa visão é que se pode usar a mesma lei natural para auxiliar o individuo a crescer e prosperar. Quando evoluímos, ajudamos o mundo a evoluir, e isso é perfeitamente possível visto que as nossas atitudes positivas podem também, em ressonância com outras, criar uma massa de freqüências positivas e gerar uma nova atmosfera de harmonia geral. No mundo que vivemos, rege a lei do livre arbítrio, isso sugere que cada um é senhor de suas escolhas. Porém também recebe de volta tudo aquilo que gerar e enfrenta as conseqüências de suas decisões, sejam elas positivas ou negativas. Ainda explorando um ponto de vista positivo e otimista, o conjunto de situações catastróficas produzidas pelo homem despertou um novo prisma na busca por melhorar-se. Muitas novidades foram surgindo naturalmente para ajudar. Paradigmas espirituais e religiosos foram quebrados, maior liberdade de expressão foi conquistada. Novos conceitos científicos, médicos e psicológicos foram descobertos. Porém um dos maiores ganhos que a humanidade teve foi a ″aparição″ de algumas ferramentas verdadeiramente importantes para elevar o padrão emocional das pessoas, entre elas o poder de uma oração, uma meditação, a busca interior por respostas e caminhos, as terapias complementares, os sistemas de curas naturais, as terapias corporais. O aumento do universalismo também se destaca. É isso o que mais se precisa explorar. Caminhos simples e eficazes para um processo de crescimento pessoal e emocional verdadeiramente mais rápido e consciente, onde escolhas e decisões possam ocorrer livres de influencias de freqüências e ressonâncias menos elevadas que induzam ao erro.

Paz e luz!